Abate de Fêmeas Supera o de Machos na Pecuária em 2025

Pela primeira vez desde 1997, o abate de vacas e novilhas superou o de machos no Brasil. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, em 2025, as fêmeas representaram cerca de 50% do total de bovinos enviados aos frigoríficos.

No segundo trimestre de 2025, foram abatidas 19,35 milhões de cabeças de fêmeas, alta de 16,0% em relação ao mesmo período de 2024. Desse volume, 5,05 milhões eram novilhas, número 23,1% superior ao do ano anterior e equivalente a 33% do total de fêmeas.

O coordenador técnico estadual de Bovinocultura da Emater-MG, Manoel Lúcio Pontes Morais, atribui o movimento à necessidade dos produtores de gerar caixa e reduzir custos nas propriedades. “Houve um abate de fêmeas recorde no país, porque o produtor precisava reduzir despesas e fazer caixa para o custeio da fazenda”, afirma.

Com menos matrizes disponíveis, a expectativa para 2026 é de redução na oferta de bezerros e retenção de fêmeas para reprodução, cenário que tende a diminuir a quantidade de carne no mercado e pressionar os preços.

Morais observa que parte do impacto pode ser mitigado pela menor idade de abate, resultado de avanços em genética, nutrição, reprodução e manejo. “As fêmeas estão parindo mais cedo e com melhor intervalo de partos, o que reflete em melhoria para toda a cadeia”, explica.

Imagem: canalrural.com.br

A engorda em confinamento cresceu em 2025 e, segundo o técnico da Emater-MG, deve manter-se favorável em 2026, com previsão de maior estabilidade nos preços dos grãos.

Com informações de Canal Rural

Artigo criado em: 22/12/2025
Revisado em: Dezembro de 2025