Açaí Impulsiona Economia e Fortalece Agricultura no Pará

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Símbolo da sociobiodiversidade amazônica, o açaí se consolida como principal fonte de renda para centenas de famílias rurais no Pará, estado que abriga, até 21 de novembro, as atividades relacionadas à COP30. Na região de Tomé-Açu, no nordeste paraense, a Earthworm Foundation coordena há 16 anos iniciativas que integram produção agrícola, recuperação florestal e geração de renda.

A organização sem fins lucrativos, sediada na Suíça e presente em mais de 20 países, atua em Tomé-Açu desde 2008 com o propósito de construir sistemas produtivos mais sustentáveis e economicamente resilientes. O trabalho é realizado em parceria com agricultores familiares, comunidades tradicionais, empresas e instituições locais.

Agroflorestas com foco no açaí

Entre as cadeias produtivas apoiadas, o açaí ocupa posição estratégica. Atualmente, cerca de 187 famílias participantes dos projetos da Earthworm combinam a fruta com outras espécies em sistemas agroflorestais (SAFs), que mesclam frutas tropicais, madeira nativa e cultivos alimentares. Esse grupo responde por aproximadamente 200 toneladas de açaí por ano.

Outro destaque é a Comunidade Quilombola Castelo, formada por cerca de 90 famílias. Dessas, 95% dependem do extrativismo do açaí nativo, cultivado em áreas próprias de até dois hectares por núcleo familiar. A produção anual da comunidade ultrapassa 1.300 toneladas.

Diversificação e serviços ambientais

Os SAFs promovidos pela Earthworm vão além do açaí. Em várias propriedades há consórcios com cacau, cupuaçu e outras frutas amazônicas, estratégia que dilui riscos de mercado e reduz impactos das mudanças climáticas. A diversificação também contribui para:

Açaí Impulsiona Economia e Fortalece Agricultura no Pará - Imagem do artigo original

Imagem: Earthworm Foundation via canalrural.com.br

  • regenerar a fertilidade do solo;
  • proteger nascentes;
  • aumentar a segurança alimentar das famílias;
  • sequestrar carbono e ampliar a biodiversidade.

Além do apoio técnico, a fundação auxilia na regularização fundiária e na construção do Protocolo de Consulta Livre, Prévia e Informada (CLPI), assegurando a participação comunitária nas decisões sobre o território.

A combinação de conhecimentos tradicionais com técnicas modernas transformou Tomé-Açu em laboratório vivo de agricultura regenerativa, modelo que, segundo a organização, pode ser replicado em outras áreas da Amazônia e do país.

Com informações de Canal Rural

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