Acordo EUA-China Eleva Soja em Chicago e Sustenta Ganhos

O anúncio de um pacto comercial entre Estados Unidos e China impulsionou os contratos futuros da soja na Bolsa de Mercadorias de Chicago nesta quinta-feira (30). Durante encontro em Seul, os presidentes Donald Trump e Xi Jinping acertaram que Pequim comprará grandes volumes do grão, além de petróleo e gás norte-americanos.

Segundo o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, o compromisso prevê:

• 12 milhões de toneladas de soja norte-americana até o fim de 2025;
• 25 milhões de toneladas por ano nos três anos seguintes;
• adesão de países do Sudeste Asiático para adquirir mais 19 milhões de toneladas, em período ainda não especificado.

Paralelamente, a China anunciou a suspensão, por 12 meses, dos controles de exportação sobre terras raras, usadas como instrumento de pressão na guerra comercial.

A notícia elevou a volatilidade em Chicago, mas o sentimento positivo prevaleceu, resultando em alta de aproximadamente 1 % no fechamento do dia. No acumulado de outubro, os ganhos do grão somam cerca de 10 %, e o contrato janeiro/2025 avançou 8,5 % até 30 de outubro.

Para o analista da Safras & Mercado, Rafael Silveira, ainda existe incerteza sobre o impacto real do acordo. Ele alerta que, sem revisão para baixo na safra dos EUA, o volume anunciado pode não ser suficiente para reduzir os estoques daquele país.

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No mercado interno brasileiro, a valorização externa não foi totalmente repassada. Prêmios mais baixos contiveram os preços, e produtores aproveitaram picos para vendas pontuais, mantendo a comercialização sob controle.

Com informações de Canal Rural