Agricultura regenerativa ganha espaço e reduz em até 80% o uso de defensivos no cultivo de feijão

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Produtores rurais brasileiros estão ampliando a adoção de práticas agrícolas regenerativas com o objetivo de recuperar a saúde do solo, proteger recursos hídricos e garantir maior estabilidade de renda. Segundo Marcelo Lüders, presidente do Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses (Ibrafe), o manejo regenerativo pode cortar mais de 80% do uso de defensivos tradicionais ao longo do tempo, mantendo a produtividade.

O modelo baseia-se em técnicas que estimulam a vida do solo e reduzem a dependência de insumos externos. Entre as principais ações adotadas estão:

  • Aplicação de bioinsumos;
  • Uso de agricultura de precisão e sistemas de sensoriamento;
  • Plantio direto com cobertura permanente do solo;
  • Rotação de culturas, incluindo leguminosas como o feijão;
  • Emprego de adubos verdes e compostos orgânicos;
  • Manejo integrado de pragas aliado à aplicação criteriosa de defensivos;
  • Integração de inteligência artificial no monitoramento de lavouras.

A leguminosa feijão é apontada como peça-chave nesse sistema. Por fixar nitrogênio atmosférico, a cultura diminui a necessidade de adubos químicos, quebra ciclos de pragas e melhora a estrutura do solo quando inserida na rotação com soja, milho, trigo ou cevada. Para o consumidor, a prática resulta em alimento de origem rastreável e preço potencialmente mais estável.

Embora os benefícios incluam solos mais férteis e lavouras mais resistentes a extremos climáticos, Lüders ressalta que a transformação exige planejamento e visão de médio prazo. Ainda assim, produtores que comprovam práticas regenerativas já encontram mercado disposto a pagar mais por produtos sustentáveis e com certificação.

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Imagem: Pixabay via canalrural.com.br

O dirigente do Ibrafe afirma que, ao escolher alimentos provenientes de sistemas regenerativos, o consumidor ajuda a impulsionar um modelo que “devolve vida ao campo e confiança à mesa”.

Com informações de Canal Rural

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