Alta do PIB no 2º Tri Se Concentra em Três Setores

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Mais da metade do avanço de 2,2% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre de 2025, em relação ao mesmo período de 2024, veio de apenas três atividades econômicas, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (2).

  • Agropecuária: alta de 10,1%, impulsionada por maiores colheitas de soja, milho, café e algodão, além de crescimento na pecuária.
  • Indústrias extrativas: expansão de 8,7%, puxada pelo aumento na extração de petróleo, gás e minérios ferrosos.
  • Outras atividades de serviços: avanço de 2,7%.

Juntas, essas três áreas responderam por 60% da elevação do PIB no período. Segundo a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, o desempenho das indústrias extrativas é pouco sensível à política monetária.

Oferta: único recuo veio da energia

Na ótica da oferta, a única queda ocorreu em produção e distribuição de eletricidade, gás, água e esgoto, que recuou 4,0%. O resultado foi atribuído à adoção de bandeiras tarifárias mais altas em meio à seca e ao menor consumo de energia em um ano de temperaturas mais amenas.

Demanda: consumo das famílias sustenta a atividade

Do lado da demanda, o consumo das famílias cresceu 1,8%, favorecido por:

  • melhora do mercado de trabalho e aumento da massa salarial real;
  • <li expansão do crédito ao consumidor;

    <li permanência dos programas de transferência de renda do governo.

O consumo ainda enfrenta pressões do nível elevado da taxa básica de juros, a Selic, e da inflação.

O consumo do governo subiu 0,4% e a Formação Bruta de Capital Fixo (medida dos investimentos) avançou 4,1%, apoiada pelo aumento das importações de bens de capital e pelo desenvolvimento de software.

Setor externo

As exportações cresceram 2,0%, enquanto as importações aumentaram 4,4%. De acordo com Palis, na comparação anual o setor externo ainda tem contribuição negativa, pois as importações avançam mais lentamente que as exportações.

Com isso, o resultado do trimestre reflete a forte atuação de poucos segmentos, especialmente do campo e da mineração, enquanto a demanda doméstica segue influenciada pelo mercado de trabalho, crédito e política monetária.

Com informações de Canal Rural

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