Aprosoja Defende Áreas Preservadas Como Ativos Ambientais

A Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) aproveitou a COP30 para lançar a “Carta Manifesto dos Produtores de Soja”, documento que pede o reconhecimento de áreas preservadas dentro das propriedades rurais como ativos ambientais e defende que o país adote métricas climáticas próprias.

A apresentação ocorreu no espaço da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). O texto foi elaborado com apoio do especialista em sustentabilidade e direito internacional Daniel Vargas.

Três eixos para a agenda climática

• Transformar o capital natural brasileiro em ativo econômico;
• Usar a agenda climática como motor de desenvolvimento;
• Garantir que o país siga trajetórias próprias no enfrentamento das mudanças climáticas.

De acordo com Vargas, o Brasil responde por 2,47% das emissões globais de gases de efeito estufa, enquanto a China contribui com 28% e os Estados Unidos, com até 15%. Para ele, esses números justificam uma abordagem alinhada às particularidades nacionais.

Metas propostas

• Recuperar 40 milhões de hectares de pastagens até 2035, elevando a produção agrícola em 25% e reduzindo emissões;
• Ampliar a geração de energia renovável no setor rural;
• Firmar acordos comerciais com reconhecimento mútuo de padrões sustentáveis.

O presidente da Aprosoja Brasil, Mauricio Buffon, afirmou que o país “é parte da solução” na crise climática, destacando a capacidade de conciliar produção de alimentos, biocombustíveis e preservação ambiental.

Imagem: canalrural.com.br

O manifesto também enfatiza a importância dos biocombustíveis e do cumprimento das reservas legais e áreas de preservação permanente dentro das fazendas, como demonstração de compromisso com a sustentabilidade.

Com informações de Canal Rural