Aprosoja Lança Carta dos Produtores para a COP30

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As associações dos produtores de soja do Brasil (Aprosoja Brasil) e de Mato Grosso (Aprosoja-MT) apresentarão nesta quinta-feira, 6 de junho, às 14h, no Senado Federal, uma carta-manifesto com propostas voltadas à transição energética e à segurança alimentar. O documento foi elaborado pelo professor de Direito da Fundação Getulio Vargas (FGV) Daniel Vargas, que fará a exposição oficial.

A iniciativa tem por objetivo construir uma “agenda climática tropical, soberana e produtiva” para orientar a participação brasileira na 30ª Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas (COP30). As entidades argumentam que não existe solução climática viável sem o protagonismo dos trópicos e destacam a contribuição do agronegócio nacional.

De acordo com o texto, o Brasil é a única grande potência agroalimentar que combina alta produtividade com conservação ambiental. O setor responde por cerca de 27 % do PIB, 40 % das exportações e ajuda a alimentar quase 1 bilhão de pessoas, preservando 66 % da vegetação nativa.

A carta-manifesto propõe substituir políticas consideradas “punitivas e excludentes” por uma estratégia que una produção e conservação. Barreiras ambientais unilaterais, como o regulamento europeu EUDR, o mecanismo de ajuste de carbono (CBAM) e certificações privadas sem mandato democrático, são classificadas como formas de “neocolonialismo ambiental”.

Aprosoja Lança Carta dos Produtores para a COP30 - Imagem do artigo original

Imagem: canalrural.com.br

Principais eixos da proposta

  • Verde como valor: tratar o meio ambiente como ativo produtivo, remunerando quem conserva e fomentando PSA, crédito e mercado de carbono;
  • Clima como desenvolvimento: usar a agenda climática para ampliar tecnologia, crédito e infraestrutura voltados à agropecuária sustentável;
  • Soberania como caminho: manter autonomia científica e regulatória, com metas próprias baseadas no Código Florestal e na Constituição;
  • Segurança alimentar: recuperar pastagens degradadas, ampliar a produção com inovação e crédito verde, além de reforçar a infraestrutura;
  • Segurança energética: dobrar a geração rural de fontes renováveis, expandindo biocombustíveis, biogás e energia solar;
  • Ciência tropical e governança: criar métricas específicas para os trópicos e revisar metas climáticas com base científica;
  • Produtivismo verde: integrar tecnologia, eficiência e sustentabilidade para competir no mercado global.

Para as entidades, a condição de país-sede da COP30 confere ao Brasil responsabilidade de liderar um “ponto de virada” no debate global, cobrando a responsabilidade histórica dos maiores emissores e adotando uma transição que trate o clima como vetor de desenvolvimento econômico.

Com informações de Canal Rural

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