Argentina Suspende Imposto de Exportação de Grãos e Carnes

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O governo da Argentina decidiu suspender, até 31 de outubro, as alíquotas de exportação – conhecidas como retenciones – aplicadas sobre grãos, carne bovina e de aves. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (22) pelo porta-voz presidencial, Manuel Adorni.

Segundo Adorni, a medida pretende ampliar a oferta de dólares no mercado interno e reforçar as reservas do Banco Central, que venderam US$ 1,1 bilhão na semana passada em meio à pressão cambial. A expectativa oficial é atrair aproximadamente US$ 7 bilhões no período de isenção.

Agriculturas e proteínas incluídas

A suspensão vale para soja, milho, trigo, girassol e outras culturas, além das proteínas mencionadas. A ação complementa o Decreto 526, de 30 de julho, que já havia reduzido parte das tarifas de exportação.

Reações do setor

  • Nicolás Pino, presidente da Sociedade Rural Argentina (SRA), elogiou a decisão e pediu que a isenção se torne permanente.
  • Andrea Sarnari, presidente da Federação Agrária Argentina (FAA), criticou a medida ao afirmar que pequenos e médios produtores venderam a safra previamente e, portanto, não se beneficiarão.

Cortes anteriores

Pelo Decreto 526, as alíquotas já tinham sido reduzidas em 20% para grãos e 26% para carnes. Com isso:

  • Milho e sorgo passaram de 12% para 9,5%;
  • No complexo girassol, a tarifa mantém-se em 5,5% para grãos e 4% para derivados;
  • A soja foi ajustada para 26% (grão) e 24,5% (derivados), ante 33% e 31%;
  • Trigo e cevada seguem com 9,5%.

O decreto também reportou aumento de 56% no volume e de 26% no valor das exportações agroindustriais em 2024. Em junho, as vendas externas cresceram 29% para trigo, 26% para girassol e 4% para milho e soja.

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Imagem: canalrural.com.br

O setor exportador argentino movimenta cerca de US$ 48 bilhões por ano, dos quais 75% vêm das cadeias de grãos e carnes. Antes da decisão atual, o governo já havia zerado as taxas de exportação sobre carne bovina, suína, produtos de economias regionais e laticínios em 2024.

Com informações de Canal Rural

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