Ausência de Carlos Fávaro na COP30 Gera Críticas

O secretário-executivo do Consórcio Amazônia Legal (CAL), Marcelo Brito, avaliou como “oportunidade perdida” a ausência do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, nos principais dias de negociação da COP30, realizada em Belém. A crítica foi feita no quadro “Diário da COP30”, exibido pelo Canal Rural diretamente da AgriZone, espaço dedicado a soluções agropecuárias sustentáveis dentro da conferência.

Segundo Brito, chefes de Estado, ministros e CEOs de grandes empresas participavam dessas discussões, cenário que teria exigido a presença da pasta da Agricultura. “Os donos da política e do capital mundial estavam presentes e a ausência do ministro foi uma oportunidade perdida, mas ainda é possível reverter”, declarou.

Agro como solução climática

Apesar do ponto negativo, o dirigente destacou que o encontro marcou a mudança de percepção sobre o setor rural. Para ele, a conferência mostrou ao mundo que a agricultura pode ser instrumento de mitigação das mudanças climáticas quando adota práticas sustentáveis baseadas em ciência, como as desenvolvidas pela Embrapa.

Brito também afirmou que, antes da COP30, havia expectativa de desgaste para o agro brasileiro, mas o país conseguiu demonstrar capacidade produtiva e ambiental a delegações de mais de 160 nações.

Papel de protagonista

O debate, mediado pelo ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues, contou ainda com o diretor da Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ), José Carlos Fonseca. Rodrigues ressaltou que, em edições anteriores das COPs, o agronegócio ocupava posição secundária, enquanto em Belém ganhou destaque. Fonseca completou que, no passado, o setor chegava a se “esconder” das discussões ambientais, mas desta vez assumiu a liderança.

Imagem: Reprodução via canalrural.com.br

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) foi procurado pelo Canal Rural para comentar a ausência de Fávaro na semana principal da COP30, porém não respondeu até a publicação desta reportagem.

Com informações de Canal Rural