Bahia Reativa Câmara Setorial da Citricultura

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A cadeia de fruticultura cítrica da Bahia voltou a contar com um fórum permanente de discussão. A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia (Seagri), em conjunto com a Prefeitura de Rio Real, reativou nesta quinta-feira (21) a Câmara Setorial da Citricultura.

O encontro, realizado em Rio Real, reuniu mais de 150 representantes de 20 municípios. Entre as primeiras deliberações estão:

  • cadastramento de entidades ligadas ao setor;
  • indicação de membros titulares e suplentes;
  • definição de um cronograma de reuniões.

A retomada ocorre em meio a dificuldades relatadas pelos citricultores, como altos custos de produção, oscilação de preços e entraves logísticos para escoar a safra.

“A Câmara devolve representatividade ao setor e nos traz ferramentas para transformar desafios em oportunidades”, afirmou Fernando Braz, presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Rio Real.

No início de agosto, reportagem do Canal Rural mostrou que produtores da região do Sealba (Sergipe, Alagoas e Bahia) enfrentam maturação desigual nos pomares, o que atrasa a colheita. O citricultor Luan Roger relatou que os frutos alcançam diferentes estágios ao mesmo tempo, dificultando o manejo.

Bahia Reativa Câmara Setorial da Citricultura - Imagem do artigo original

Imagem: Divulgação via canalrural.com.br

Em Estância (SE), parte da produção foi descartada por não atender ao padrão da indústria de sucos, onde caminhões chegaram a ficar parados. Segundo o produtor Reginaldo Corsino, a indústria paga R$ 270 por tonelada, valor que não cobre os custos, estimados entre R$ 350 e R$ 400. A laranja de mesa chega a R$ 500, mas também não garante margem suficiente, relatou.

Criadas em 2023, as Câmaras Setoriais Agropecuárias são órgãos consultivos que reúnem poder público e iniciativa privada para propor políticas de fortalecimento das principais atividades agrícolas no estado. O secretário estadual da Agricultura, Pablo Barrozo, classificou a reativação como “um marco para a citricultura baiana”, ao aproximar produtores das políticas públicas.

Com informações de Canal Rural

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