Brasil e China Firmam Acordo para Exportar Sorgo

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Brasil e China concluíram um acordo comercial inédito que libera a exportação de sorgo brasileiro para o mercado chinês. Os primeiros carregamentos estão previstos para 2026, abrindo uma nova frente de negócios para o quinto cereal mais cultivado no mundo.

Hoje, praticamente toda a produção nacional é consumida internamente, principalmente na fabricação de ração animal e, mais recentemente, de etanol. Para atender às exigências chinesas, os dois países ainda precisam definir requisitos fitossanitários, padrões de qualidade, critérios de precificação e a atuação das tradings que conduzirão os embarques.

“Toda a cadeia está se organizando para essa exportação”, afirma Lucas Sleutjes Silveira, engenheiro agrônomo e gerente de portfólio de sorgo para as Américas da Advanta Seeds.

Demanda chinesa supera 7 milhões de toneladas

Estimativas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicam que a China pode importar até 7,9 milhões de toneladas de sorgo por ano, o equivalente a 81% da demanda global. Para Silveira, o volume reforça a relevância do acordo e projeta um amplo mercado potencial para o Brasil.

Hoje, os Estados Unidos lideram as exportações do cereal, com 5,4 milhões de toneladas (55% do mercado), seguidos por Austrália (2,6 milhões, 27%) e Argentina (1,4 milhão, 14%). Tensões geopolíticas entre Pequim e Washington, somadas à perspectiva de redução da área plantada nos EUA na safra 2025/26, podem favorecer novos fornecedores, incluindo o Brasil.

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Imagem: agro.estadao.com.br

Oportunidade exige eficiência no campo

No país, o sorgo ganha espaço como alternativa ao milho na safrinha. Apesar do desafio de controlar plantas daninhas, a cultura exige menos água, oferece boa produtividade e pode ser semeada a partir de fevereiro, permitindo diversificação e rentabilidade ao produtor.

Para aproveitar o novo mercado, Silveira destaca que os agricultores brasileiros precisarão investir em eficiência e cumprir as exigências internacionais de qualidade.

Com informações de Agro Estadão

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