Brasil Comanda Aliança Global para Unir Mercados de Carbono

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Durante a COP30, o Brasil assumiu a liderança de uma nova coalizão internacional que pretende integrar mercados regulados de carbono. A iniciativa atraiu de imediato a adesão da União Europeia e da China, além de outros países que formam a lista inicial de signatários.

O grupo, batizado de Open Coalition on Compliance Carbon Markets, tem como objetivo principal:

  • Harmonizar padrões de medição, relato e verificação de emissões (MRV);
  • Estabelecer regras de integridade para transações de carbono;
  • Conectar sistemas nacionais de precificação, abrindo caminho para um mercado global integrado.

Com a coalizão, o Brasil passa de exportador de commodities a definidor de normas, posição que amplia seu peso diplomático em negociações climáticas. Entre os países que assinaram o acordo estão União Europeia, China, Reino Unido, Canadá, Chile, França, Alemanha, México, Armênia e Zâmbia.

Impacto sobre o agronegócio

A criação de um mercado de carbono integrado tende a valorizar cadeias produtivas com baixa pegada ambiental. Práticas como plantio direto, integração lavoura-pecuária-floresta, uso de bioenergia e solo com capacidade de sequestro de carbono podem garantir competitividade adicional a produtores brasileiros.

A União Europeia busca, com a medida, reduzir custos ligados ao Mecanismo de Ajuste de Carbono na Fronteira (CBAM). Já a China pretende ter influência na definição das futuras regras globais. Nesse cenário, o Brasil se posiciona como mediador, usando seu patrimônio ambiental e sua relevância agrícola para ganhar espaço econômico.

Brasil Comanda Aliança Global para Unir Mercados de Carbono - Imagem do artigo original

Imagem: Pedro Ventura via canalrural.com.br

Desafios domésticos

Especialistas alertam que, sem um mercado regulado nacional robusto e com credibilidade, o país corre o risco de ver suas exportações enfrentarem tarifas por falta de comprovação ambiental. A demanda, portanto, é por governança, transparência e tecnologia capazes de sustentar a participação brasileira na “economia do carbono”.

Com a consolidação desse novo arranjo, o carbono tende a se tornar parte do custo de produção. Empresas que reduzirem emissões ou comprovarem boas práticas poderão receber benefícios financeiros, enquanto cadeias de alto impacto ambiental devem ficar sujeitas a penalidades impostas por mercados exigentes.

Com informações de Canal Rural

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