Início - Notícias e Tendências do Agro - Brasil deve manter liderança na exportação de soja
A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) avaliou que o Brasil continuará na dianteira mundial das exportações de soja, mesmo diante de concorrência internacional mais acirrada. A projeção foi apresentada durante a 10ª Safras Agri Week, realizada na quarta-feira (1º) e quinta-feira (2).
Produção e processamento
De acordo com a entidade, a safra colhida em 2025 foi considerada abundante e permitiu ao país honrar compromissos comerciais. Com base nos dados acumulados até julho, a Abiove elevou a estimativa de esmagamento para o ano, indicando aumento na oferta de farelo e óleo de soja.
“A disputa global está cada vez mais intensa. Todos os mercados serão disputados com unhas e dentes”, afirmou o diretor de Economia e Assuntos Regulatórios da Abiove, Daniel Amaral. Ele acrescentou que, apesar da pressão externa, o Brasil segue visto como parceiro confiável na segurança alimentar mundial.
Desafios logísticos
Amaral destacou que infraestrutura e logística ainda representam obstáculos. “Precisamos melhorar estradas e outros pontos da cadeia. Se já conseguimos bons resultados com tantas dificuldades, imagine quando essas questões forem resolvidas”, pontuou.
Imagem: Embrapa via canalrural.com.br
Cenário de mercado
- Rafael Silveira, analista da Safras & Mercado, descreveu 2025 como um ano de forte volatilidade, com produção recorde próxima de 172 milhões de toneladas e exportações estimadas em 105 milhões de toneladas.
- Para 2026, a consultoria projeta nova marca histórica, em torno de 180 milhões de toneladas, apesar de ritmo menor de expansão da área plantada por causa dos custos elevados e da taxa de juros.
- Gabriel Viana, também da Safras & Mercado, prevê preços firmes para o óleo de soja até o fim do ano, mesmo com colheitas volumosas no Brasil, Argentina e Estados Unidos. Já o farelo de soja tende a recuar se o consumo não avançar, alcançando na CBOT o menor patamar em quase uma década.
Com a manutenção de grandes colheitas e atenção a gargalos logísticos, a Abiove aposta na permanência do Brasil como principal exportador global do grão.
Com informações de Canal Rural