Brasil Emite 1º Certificado OCDE Para Citros à UE

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Pela primeira vez, uma carga brasileira de lima ácida (limão taiti) seguiu para a União Europeia com certificado oficial que comprova a qualidade do produto, emitido conforme os padrões da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).

O documento foi apresentado em 9 de abril no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), onde funciona uma unidade do Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro), do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Processo de certificação

  • Quem emite: Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov) do Mapa.
  • Formato: eletrônico, com promessa de agilidade e segurança.
  • Histórico: ações iniciadas em 2018, com treinamento na Ceagesp; capacitação de fiscais da SFA-SP em 2022.

Segundo o diretor do Dipov, Hugo Caruso, a fitossanidade dos citros já era comprovada há anos, mas a certificação de qualidade representa um avanço. “Precisamos que a União Europeia reconheça o Brasil como exportador de produtos com qualidade certificada”, afirmou. O pedido de reconhecimento já foi encaminhado ao bloco.

Empresa pioneira

A carga certificada pertence à Andrade Sun Farms Agroindustrial, primeira empresa registrada como Serviço de Controle Autorizado para os padrões OCDE em frutas. A produtora cultiva limão taiti em Mogi Mirim (SP), Mogi Guaçu (SP) e Paraguaçu (MG).

De acordo com a inspetora Renata Imperato, o transporte marítimo leva de 24 a 25 dias, podendo sofrer atrasos de até 13 dias na chegada, além de quatro a cinco dias de inspeção no destino. “Mesmo com contêineres refrigerados, cada hora conta para esse tipo de carga”, destacou.

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Imagem: Ceagesp via canalrural.com.br

Menos amostras, liberação mais rápida

Com o certificado oficial, o Mapa espera reduzir a amostragem realizada nos portos europeus de 60 % para 5 % da carga. A medida deve agilizar o desembaraço e antecipar a chegada das frutas aos pontos de venda.

Caruso acrescentou que este é o primeiro de muitos certificados compatíveis com a OCDE. “Queremos que essa conquista inspire outras cadeias produtivas e manter participação ativa na elaboração das brochuras de qualidade da organização”, concluiu.

Com informações de Canal Rural

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