Brasil Quer Expandir Comércio Agro com Liga Árabe

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, reuniu-se nesta quinta-feira (19), em Brasília, com o Conselho de Embaixadores da Liga dos Estados Árabes. O encontro, realizado na embaixada da Palestina, buscou fortalecer a cooperação comercial e ampliar parcerias em ciência e tecnologia.

Os países árabes completam 80 anos de relações diplomáticas com o Brasil em 2025. Segundo Fávaro, 75% de tudo o que o país exporta para a Liga Árabe é de origem agropecuária, com destaque para carnes de aves e bovinos, açúcar, milho e mel. “O Brasil é um grande provedor de alimentos para os países árabes”, afirmou o ministro.

Além de manter o fluxo de vendas, Fávaro manifestou interesse em ampliar as importações. “Queremos ser grandes compradores, não apenas de fertilizantes, mas de outros itens que despertem interesse dos países da Liga”, disse.

Halal e novos nichos

O embaixador da Palestina, Ibrahim Alzeben, ressaltou a reputação dos alimentos brasileiros no mundo árabe, destacando a proteína halal. Já o presidente da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, William Adib Dib, lembrou que o intercâmbio bilateral movimenta cerca de US$ 33 bilhões por ano e citou oportunidades em fertilizantes e na economia halal, que abrange também industrializados, cosméticos, medicamentos e serviços.

Ciência e clima

A presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, defendeu a cooperação científica para enfrentar os efeitos das mudanças climáticas na produção agrícola. No mesmo sentido, o embaixador do Itamaraty, Carlos Duarte, informou que as exportações brasileiras para os países árabes cresceram mais de 130% em relação a 2023.

Imagem: Divulgação via canalrural.com.br

Diversificação de mercados

Fávaro mencionou barreiras impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros e destacou a estratégia de diversificar destinos. Ele citou recentes negócios fechados, como ovos férteis para a Arábia Saudita, açaí para o Egito e café e suco de laranja para os Emirados Árabes Unidos.

Durante a reunião, o ministro apresentou o programa Caminho Verde Brasil, que pretende recuperar até 40 milhões de hectares de pastagens de baixa produtividade em dez anos, convertendo essas áreas em cultivo de alto rendimento sem necessidade de desmatamento.

Com informações de Canal Rural