Brasil e Nigéria Assinam Pactos em Agro, Energia e Aviação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu, nesta segunda-feira (25), o presidente da Nigéria, Bola Tinubu, no Palácio do Planalto, em Brasília, para uma visita de Estado marcada pela assinatura de novos acordos bilaterais e pelo compromisso de ampliar o comércio entre os dois países.

Lula destacou que o intercâmbio comercial despencou de US$ 10 bilhões em 2014 para cerca de US$ 2 bilhões em 2023, apesar de a Nigéria ser hoje o quarto maior parceiro comercial do Brasil na África. Segundo o presidente, a meta é retomar a cooperação econômica em áreas estratégicas.

Principais áreas de cooperação

• Agricultura e Pecuária – transferência de tecnologia para impulsionar a produção nigeriana;
• Petróleo, Gás e Fertilizantes – parcerias na exploração de gás natural e no fornecimento de insumos para o agronegócio brasileiro;
• Aeronaves e Máquinas – possibilidade de negócios envolvendo indústrias brasileiras;
• Defesa, Segurança e Energia – memorandos para ampliar intercâmbio técnico e investimentos;
• Aviação Civil – acordo que autoriza a operação de voo direto entre São Paulo e Lagos.

Durante a cerimônia, os governos formalizaram cinco atos bilaterais. Entre eles, um tratado de aviação civil permitirá explorar serviços aéreos regulares, abrindo caminho para o primeiro voo direto ligando São Paulo à capital econômica nigeriana.

Ao lado de Lula, Bola Tinubu ressaltou que a Nigéria possui uma população majoritariamente jovem e busca cooperação tecnológica para expandir a produção de medicamentos genéricos e agregar valor à indústria de petróleo. “O Brasil tem os ativos de que precisamos”, declarou.

Lula lembrou ainda a “dívida histórica” do Brasil com o continente africano devido a 350 anos de escravidão e afirmou que pretende saldar essa conta com solidariedade, transferência de conhecimento e apoio ao desenvolvimento agrícola do continente.

Imagem: José Cruz via canalrural.com.br

Atualmente, as exportações brasileiras para a Nigéria são compostas principalmente por açúcares e melaços (74%). Do lado nigeriano, fertilizantes e petróleo respondem, cada um, por 48% das vendas ao Brasil.

Com informações de Canal Rural