Café Brasileiro Pode Ficar Fora de Isenção nos EUA

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Uma ordem presidencial publicada na última sexta-feira (5) pela Casa Branca indica que o café do Brasil, principal item da pauta de exportações do país para os Estados Unidos, continua sem perspectiva de entrar na lista de produtos isentos do chamado “tarifaço” norte-americano.

O documento, assinado pelo presidente Donald Trump, autoriza a redução a zero das tarifas de importação sobre itens considerados estratégicos, desde que:

  • o produto não seja cultivado, minerado ou produzido em escala suficiente nos Estados Unidos;
  • o país fornecedor tenha compromissos formais em acordos comerciais com Washington;
  • a medida atenda ao interesse nacional e à emergência econômica declarada pelo governo.

Apesar de o texto não citar explicitamente o café, o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) afirma que o grão foi incluído na “lista master” de potenciais exceções, por não ser produzido em volume adequado no mercado norte-americano.

A entidade ressalta, no entanto, que ainda não houve definição dos países que podem ser beneficiados. O próximo passo, segundo o Cecafé, será levar o tema ao Comitê Interministerial de Gestão da Crise do Tarifaço, presidido pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, para pleitear a isenção para o Brasil.

Na semana passada, representantes do setor produtivo e da indústria visitaram Washington em busca de um acordo. Em rede social, o diretor-geral do Cecafé, Marcos Matos, afirmou que a entidade “alcançou um resultado” e agora concentra esforços em apresentar o caso ao comitê governamental.

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Imagem: canalrural.com.br

O consultor Carlos Cogo, da Cogo Inteligência em Agronegócio, alerta que a ausência de menção direta ao café deixa incerta qualquer redução de tarifas para o produto. Caso outros fornecedores obtenham isenção, o mercado norte-americano poderia ter o abastecimento amenizado, o que, no longo prazo, pressionaria os preços pagos aos produtores brasileiros.

Para Cogo, sem um canal diplomático ativo entre os governos de Brasília e Washington, as negociações dependem, por ora, da iniciativa privada dos dois países.

Com informações de Canal Rural

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