Cápsulas de Alho Controlam Parasitas em Pirarucus

Pesquisadores da Embrapa Pesca e Aquicultura, em Palmas (TO), comprovaram que cápsulas de alho vendidas em farmácias reduzem significativamente parasitas que atacam alevinos de pirarucu (Arapaima gigas).

O estudo, conduzido em parceria com a Universidade Federal do Tocantins (UFT) e a Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul (Uems), teve apoio do Sebrae e foi publicado na revista Veterinary Parasitology.

Como foi o teste

• Foram avaliadas concentrações de 2,5 mg a 10 mg de alho por litro de água, em banhos estáticos de quatro dias.
• As cápsulas comerciais de 500 mg e 1.000 mg foram diluídas até alcançar as dosagens desejadas.
• Após 96 horas, amostras de muco e sangue foram analisadas para contagem de patógenos.

Resultados obtidos

• A intensidade do verme das brânquias Dawestrema cycloancistrium caiu de forma significativa em todas as concentrações testadas, sem diferença expressiva entre elas.
• Contra protozoários tricodinídeos, a dose de 5 mg/L alcançou 77 % de eficácia em quatro dias.
• Não houve mortalidade nem alteração comportamental nos peixes tratados.

Segundo a pesquisadora Patricia Oliveira Maciel Honda, a concentração de 5 mg/L por quatro dias desponta como alternativa fitoterápica promissora para a piscicultura.

Aplicações na rotina de criação

A Embrapa recomenda o uso durante o treinamento alimentar dos alevinos — fase em que sinais de parasitose, como apatia e perda de apetite, são mais evidentes — e antes do transporte, quando o estresse aumenta o risco de infecção. Peixes com sintomas graves devem ser descartados, enquanto o restante do lote recebe o tratamento de forma preventiva.

Imagem: Divulgação via canalrural.com.br

A instituição busca parceiros da iniciativa privada para desenvolver produtos fitoterápicos destinados à aquicultura. Interessados podem contatar a Embrapa pelo e-mail informado pela pesquisadora.

Com informações de Canal Rural