
Início - Blog - Notícias e Tendências do Agro - Clima e Estoques Baixos Sustentam Alta da Soja
O mercado internacional de soja encerrou a última semana com fortes ganhos, impulsionado pela redução na estimativa de produção dos Estados Unidos e pela preocupação com a oferta de derivados. No Brasil, o câmbio limitou parte do avanço, enquanto o início do plantio depende do retorno das chuvas.
USDA corta safra e Bolsa de Chicago reage
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) diminuiu em 1,16 milhão de toneladas a projeção para a safra norte-americana de soja. A notícia, aliada a sinalizações diplomáticas favoráveis em Washington, sustentou a valorização dos contratos futuros em Chicago.
- Contrato setembro/2025: US$ 10,23 por bushel, alta semanal de 5,79%;
- Contrato março/2026: US$ 10,76 por bushel, ganho de 5,28%.
No mercado físico norte-americano, os estoques de óleo de soja recuaram ao menor nível em 21 anos, reflexo da demanda crescente por biodiesel e diesel renovável. Em julho, o volume de soja processada atingiu recorde, reforçando o quadro de aperto na oferta.
Câmbio freia avanço interno
No Brasil, o dólar caiu 0,74% na semana, fechando a R$ 5,40 e ficando abaixo da média dos últimos 12 meses. A valorização do real — sustentada pelos juros elevados — limitou parte da alta das cotações domésticas.
Plantio depende de chuva consistente
O vazio sanitário termina em setembro no Centro-Oeste, liberando o início do plantio. No entanto, produtores aguardam precipitações mais expressivas para avançar com as semeaduras. Qualquer atraso pode elevar a volatilidade das cotações, dada a relevância da safra brasileira no abastecimento mundial.

Imagem: Franco Nadalin All right reserved via canalrural.com.br
Analistas observam que, no curto prazo, há espaço para nova queda do dólar ante o real, mas o movimento dependerá de fatores políticos locais e externos.
Com informações de Canal Rural
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