Clima favorece colheita do algodão, mas bicudo preocupa

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A colheita de algodão da safra 2024/2025 alcançou 86,7% das áreas nacionais, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Em Mato Grosso do Sul e nos estados do Matopiba — Maranhão e Piauí — os trabalhos já foram concluídos, direcionando a atenção dos produtores ao controle de pragas e doenças.

O bicudo-do-algodoeiro permanece como a principal ameaça. A praga pode provocar perdas de até 70% quando não controlada. O meteorologista do Canal Rural, Arthur Müller, reforça que restos de plantio, conhecidos como tiguera, funcionam como fonte de alimento para o inseto. “O produtor deve destruir as soqueiras e manter monitoramento constante, porque o bicudo não dá trégua nesta reta final”, alerta.

Aplicação de defensivos

Com o tempo quente e seco, a baixa umidade reduz a absorção de defensivos pelas plantas. Müller recomenda realizar pulverizações no fim da tarde ou nas primeiras horas da manhã, quando a umidade relativa do ar é maior, para evitar desperdício e garantir eficiência.

Condições por estado

  • Bahia: clima quente e seco deve permitir término tranquilo da colheita;
  • Mato Grosso: chuvas pontuais previstas, mas sem risco relevante para a retirada da pluma;
  • Goiás e Minas Gerais: cenário semelhante, favorecendo a qualidade do algodão, inclusive em áreas irrigadas. No entanto, a baixa umidade aumenta o perigo de incêndios, exigindo colheitadeiras equipadas com extintores.

Faltando poucos dias para a primavera, que começa em 22 de setembro, a previsão indica manutenção do calor e da seca, elevando o alerta para focos de fogo. No longo prazo, a tendência é de aumento da umidade. Mesmo assim, Müller observa que o algodão não tolera excesso de água, pois a condição favorece doenças fúngicas, exigindo vigilância fitossanitária constante.

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Imagem: Guilherme Soares via canalrural.com.br

Com informações de Canal Rural

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