Clima Incerto Mantém Volatilidade da Soja 2025/26
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O mercado de soja permaneceu concentrado no desenvolvimento das lavouras do Brasil e da Argentina ao longo da última semana, enquanto a irregularidade das chuvas já compromete parte do potencial produtivo da safra 2025/26.
Preços em Chicago recuam
De acordo com a plataforma Grão Direto, a preocupação climática e os ajustes de posição provocaram queda nos contratos futuros na Bolsa de Chicago:
- Janeiro/2026 encerrou a US$ 11,05 por bushel, baixa de 2,81%;
- Março/2026 fechou a US$ 11,16 por bushel, recuo de 2,53%.
Movimento interno
No mercado brasileiro, os preços apresentaram predominância de baixas, influenciados pela desvalorização externa. O dólar, por outro lado, avançou 1,88% e foi cotado a R$ 5,43, fator que ofereceu suporte à competitividade da soja nacional.
Compras chinesas e expectativa pelo USDA
Continua o fluxo de compras da China nos Estados Unidos, o que ajuda a sustentar as cotações internacionais. Operadores aguardam o relatório do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), que será divulgado em 9 de janeiro, com foco na produtividade e nas exportações norte-americanas.
Fatores de curto prazo
Para esta semana, predominam fatores externos de pressão baixista, como a valorização do dólar e o recuo do farelo. Mesmo assim, após várias sessões de queda, cresce a possibilidade de ajustes técnicos e repiques pontuais antes da divulgação do USDA.
Câmbio sustenta competitividade brasileira
Com o dólar acima de R$ 5,30/5,40, a soja do Brasil ganha atratividade internacional, o que pode limitar perdas no mercado interno. Exportadores monitoram o câmbio para definir volumes de embarque.
Imagem: Pixabay via canalrural.com.br
Clima segue como principal risco
A Conab reduziu a estimativa de produção diante do atraso no plantio e da distribuição irregular das chuvas, afastando a previsão de novo recorde e aproximando o volume da safra 2024/25. Esse cenário diminui a margem de segurança e pode provocar recuperação de preços caso as condições climáticas piorem.
Combinando pressão externa, apoio cambial e incertezas climáticas, a semana tende a ser volátil, com viés neutro a levemente baixista e possíveis altas pontuais ligadas ao câmbio, ao clima e ao reposicionamento antes do USDA.
Com informações de Canal Rural
Artigo criado em: 08/12/2025
Revisado em: Dezembro de 2025