Conab Mantém Projeção de 354,8 Mi t de Grãos na 25/26
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A produção brasileira de grãos na safra 2025/26 deve alcançar 354,8 milhões de toneladas, de acordo com o segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta quinta-feira (13). O volume repete a estimativa anterior, enquanto a área plantada soma 84,4 milhões de hectares, avanço de 3,3%.
A Conab projeta produtividade média nacional de 4,2 t/ha, mas alerta para impactos do clima: irregularidade das chuvas em Mato Grosso e Goiás e excesso de precipitação em parte do Paraná podem alterar o desempenho das lavouras.
Desempenho por cultura
- Soja: área de 49,1 milhões de hectares (+3,6%) e produção de 177,6 milhões de toneladas. Plantio segue dentro da média dos últimos cinco anos, com atrasos em Goiás e Minas Gerais por falta de chuva; em Mato Grosso, o ritmo mantém o patamar de 2024, apesar da instabilidade climática.
- Milho (três safras): 138,8 milhões de toneladas (-1,6%). A primeira safra deve render 25,9 milhões de toneladas (+7,1%). Ventos fortes e granizo no Sul, especialmente no Paraná, podem influenciar as projeções.
- Arroz: 11,3 milhões de toneladas (-11,5%) em razão da menor área semeada. No Rio Grande do Sul, chuvas dificultaram o trabalho das máquinas, mas o desenvolvimento das lavouras é considerado satisfatório.
- Feijão: 3,1 milhões de toneladas, volume próximo ao ciclo anterior. A primeira safra tende a recuar 8% por redução de área no Paraná e em Minas Gerais.
- Trigo: 7,7 milhões de toneladas nas lavouras de inverno. Clima favorável ao desenvolvimento, porém menor aplicação de fertilizantes e defensivos limita o potencial produtivo em algumas regiões.
Oferta e demanda
Para o milho, o consumo interno deve crescer 4,5%, totalizando 94,6 milhões de toneladas, impulsionado pela produção de etanol. As exportações do cereal podem alcançar 46,5 milhões de toneladas.
Quanto à soja, a Conab calcula exportações de 112,1 milhões de toneladas, favorecidas pela menor oferta dos Estados Unidos e pela demanda global aquecida. O volume destinado ao esmagamento está estimado em 59,3 milhões de toneladas, alta de 1,3%, apoiada pelo aumento da mistura de biodiesel e pela demanda por proteína vegetal.

Imagem: Wenderson Araujo via canalrural.com.br
Com informações de Canal Rural