Consenso Conduz Decisões na COP, Afirma Especialista

O processo de consenso entre os 198 países signatários da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima é o elemento central da Conferência do Clima (COP), destaca o head de Agribusiness, Renato Rodrigues. Segundo o especialista, cada termo dos textos oficiais passa por intensa negociação para transformar ciência em política e, depois, em ações concretas.

Rodrigues lembra que a COP não se resume ao encontro anual. Trata-se de um mecanismo diplomático permanente, coordenado por um secretariado instalado em Bonn, na Alemanha, e conduzido, a cada edição, pelo país anfitrião. Na COP30, marcada para 2025 em Belém (PA), o Brasil assumirá a presidência das negociações até o ano seguinte.

Estrutura técnica

• SBSTA – órgão subsidiário que oferece suporte científico e tecnológico;
• SBI – corpo responsável por temas de implementação e transparência.

Durante as duas semanas de conferência, plenárias, reuniões paralelas e grupos de contato ocorrem simultaneamente. Diferentemente de outros fóruns internacionais, não há votação: uma decisão só é adotada quando nenhuma delegação se opõe.

Para chegar a esse ponto, blocos regionais que representam dezenas de nações precisam alinhar interesses ambientais, econômicos e sociais. Cada governo consulta previamente cientistas e especialistas para formular posições oficiais levadas à mesa de negociação.

Imagem: divulgação via canalrural.com.br

“Presidir uma COP significa liderar o diálogo global sobre o futuro do planeta”, afirma Rodrigues, citando a trajetória brasileira em acordos anteriores, como Rio-92, Protocolo de Kyoto e Acordo de Paris. Ele avalia que o país terá a missão de fortalecer a confiança no multilateralismo e impulsionar a etapa de implementação das metas climáticas.

Com informações de Canal Rural