COP30: Agro Brasileiro Exibe Modelo de Produção Sustentável

Realizada em Belém, a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) reuniu quase 200 países, mas terminou com avanços limitados nas negociações sobre a transição energética. Apesar do impasse diplomático, o setor agropecuário brasileiro aproveitou o encontro para destacar indicadores que, segundo representantes, demonstram a viabilidade de produzir alimentos em grande escala com baixa emissão de carbono.

Principais dados apresentados pelo Brasil

• Preservação florestal: cerca de 70% das florestas nacionais permanecem intactas.
• Uso do território: a agropecuária ocupa uma parcela considerada reduzida da área total do país.
• Tecnologias de baixo carbono: integração lavoura-pecuária-floresta, plantio direto e recuperação de pastagens.
• Sequestro de carbono: sistemas produtivos que capturam CO₂ enquanto aumentam a oferta de alimentos.
• Rastreabilidade e boas práticas: gestão que permite monitorar a origem da produção de proteína animal.

Durante os debates, delegações de países dependentes de combustíveis fósseis resistiram a metas mais rígidas, enquanto nações em desenvolvimento cobraram recursos financeiros para custear a própria transição climática. O texto final da conferência precisou ser reescrito diversas vezes e foi classificado como pouco ambicioso por observadores.

Em meio às divergências, produtores e especialistas brasileiros afirmaram que o Brasil já demonstra ser possível:

• Expandir a produtividade sem desmatamento adicional;
• Alimentar mais de 1 bilhão de pessoas sem pressionar o clima global;
• Conciliar produção agropecuária e conservação de biomas.

Representantes do agronegócio argumentaram ainda que o modelo nacional combina aumento de produtividade com preservação ambiental em níveis superiores aos observados em outras grandes potências agrícolas.

Imagem: Raimundo Pacco via canalrural.com.br

Com informações de Canal Rural