COP30: Arnaldo Jardim Defende Agro na Agenda Climática
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O deputado federal Arnaldo Jardim (Solidariedade-SP) afirmou que o agronegócio brasileiro consolidou posição como parte da solução para a crise climática durante a COP30, que termina nesta semana em Belém. Em entrevista à COPTV do Agro, o parlamentar disse que o Brasil deixou de ser “vidraça” e passou a apresentar propostas amparadas em ciência e inovação.
Segundo Jardim, estudos científicos, anúncios de empresas globais e articulação política alteraram a percepção internacional sobre o país. Ele citou avanços em biocombustíveis, recuperação de áreas degradadas, irrigação eficiente e mercado de crédito de carbono como caminhos para a transição verde.
Estudos e biocombustíveis em destaque
O deputado destacou a apresentação de um compilado com 200 pesquisas sobre segurança energética e alimentar. O material, disse ele, derruba a ideia de que biocombustíveis competem com a produção de alimentos.
O interesse global por combustíveis de origem vegetal também foi mencionado. A Organização Marítima Internacional (IMO) recebeu o estudo e sinalizou apoio ao uso de etanol em embarcações. A companhia de navegação Maersk já encomendou navios com motores preparados para esse combustível.
Retirada de assinatura em protocolo sobre diesel
Jardim revelou que o setor reagiu a um protocolo internacional que previa o fim do uso de diesel ao estimular apenas ônibus e caminhões elétricos. O documento ignorava alternativas como biodiesel e biometano, cuja produção cresce no país. Após pressão de entidades do agro, o Ministério dos Transportes retirou a assinatura brasileira.
Participação de pequenos produtores
Vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), o deputado defendeu a ampliação do envolvimento de agricultores familiares por meio do selo social do biodiesel e de novas tecnologias para produção de etanol a partir de milho e trigo.
Imagem: canalrural.com.br
Ele também ressaltou a expansão do biometano, usado tanto no transporte pesado quanto em sistemas produtivos baseados em economia circular.
Três prioridades para a COP31
- Recuperação de áreas degradadas para responder às críticas de desmatamento;
- Reconhecimento dos biocombustíveis como solução climática prioritária;
- Regulamentação internacional do mercado de carbono, permitindo remuneração pela preservação.
Jardim argumentou que a COP deve ser encarada como processo contínuo. Ele citou o embaixador André Corrêa do Lago e o ex-ministro Roberto Rodrigues como articuladores de propostas que devem ser levadas à próxima conferência.
O parlamentar ainda destacou a presença da AgriZone, que levou debates sobre agro e clima para dentro da COP pela primeira vez, reforçando a mensagem de que é possível produzir e preservar na Amazônia.
Com informações de Canal Rural