Corte de 10% em Tarifas dos EUA é Criticado
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Brasília – O presidente do Sistema Faesp/Senar-SP, Tirso Meirelles, afirmou que a redução de apenas 10% nas tarifas impostas pelos Estados Unidos a alguns produtos brasileiros não representa ganho concreto para o setor exportador.
Segundo Meirelles, o gesto norte-americano cria a impressão de avanço nas negociações bilaterais, mas mantém inalterados os principais obstáculos à competitividade do Brasil, como altos custos logísticos, volatilidade cambial e carga tributária complexa.
Impacto sobre produtores
- Pequenos e médios agricultores seriam os mais prejudicados, por operarem com margens reduzidas e menor capacidade de absorver oscilações;
- Itens como café, frutas, proteína animal, açúcar e etanol continuam enfrentando tarifas consideradas elevadas para entrar no mercado norte-americano;
- Grandes grupos exportadores, com mais recursos e acesso a mercados alternativos, sentem efeitos menores da medida.
O dirigente sustenta que a aceitação do corte tarifário parcial enfraquece a “marca Brasil” no exterior, diminuindo a confiança de parceiros e investidores na capacidade do país de defender seus interesses comerciais.
Cobrança por nova postura
Meirelles defende que o governo abandone o tom triunfalista e adote negociações mais técnicas e assertivas, argumentando que apenas uma diplomacia econômica baseada em dados e planejamento poderá garantir condições justas aos produtores rurais.

Imagem: Governo Federal via canalrural.com.br
Para ele, a manutenção de barreiras nos EUA força o Brasil a buscar mercados mais distantes ou instáveis, elevando custos e reduzindo o retorno financeiro dos agricultores, especialmente nos municípios dependentes do agronegócio.
Com informações de Canal Rural