Cultivo de Alcachofra Ganha Espaço e Move Turismo Rural
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A alcachofra, hortaliça originária da região do Mediterrâneo e pertencente à mesma família da alface e do girassol, avança no agronegócio brasileiro. Além de ampliar presença na mesa do consumidor, o cultivo tem impulsionado o turismo rural, especialmente em municípios paulistas.
Produção concentrada em Piedade e São Roque
Piedade (SP) se firmou como Capital Nacional da Alcachofra, colhendo cerca de 700 mil caixas por ano, o maior volume do País. Para valorizar a atividade, a cidade realiza o Festival da Alcachofra, que atrai visitantes e reforça o turismo gastronômico.
Em São Roque (SP), a cultura também se integra ao turismo. O Festival da Alcachofra ocorre anualmente entre setembro e novembro, mobilizando restaurantes e propriedades rurais que mostram o plantio aos turistas. Segundo o produtor e viticultor Alex Santiago de Moraes, boa parte da receita das fazendas locais já vem das atividades turísticas ligadas à hortaliça.
Condições ideais de cultivo
- Luminosidade: pleno sol, com proteção contra ventos fortes.
- Solo: profundo, fértil e bem drenado; análise de solo é recomendada.
- Clima: temperaturas amenas, verões não muito quentes e invernos com geadas fracas; altitudes acima de 800 m favorecem a floração na primavera.
- Irrigação: manter o solo úmido do transplante à colheita, sem encharcamento.
Formas de propagação
- Rebentos ou brotos: método mais usado no Brasil, preserva as características da planta-mãe.
- Sementes: pouco indicadas para fins comerciais devido à possibilidade de variações indesejáveis; híbridos minimizam o problema.
- Micropropagação: realizada em laboratório, gera lotes homogêneos e livres de doenças, indicada para grandes áreas ou programas de melhoramento.
Manejo de pragas e doenças
Pulgões e cochonilhas-de-raiz são as principais pragas. O manejo integrado, rotação de culturas, uso de variedades resistentes e manutenção da saúde do solo ajudam a reduzir defensivos químicos.
Imagem: Adobe Stock via agro.estadao.com.br
Colheita e pós-colheita
A colheita ocorre de seis a oito meses após o plantio das mudas, quando os botões florais estão desenvolvidos, porém ainda fechados. O corte deve evitar danos ao botão e à planta. Após a retirada do campo, os botões precisam ser limpos, classificados e embalados adequadamente. A refrigeração imediata, prática comum em outros países, prolonga a vida útil, mas ainda é pouco adotada no Brasil.
Com informações de Agro Estadão