Demanda Chinesa e Clima dos EUA Movem Cotações da Soja

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Os preços da soja voltaram a subir na semana encerrada em 15 de agosto, tanto no mercado interno quanto na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), impulsionados por dados mais restritivos divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

USDA reduz estimativas para 2025/26

  • Produção dos EUA estimada em 4,292 bilhões de bushels (116,8 milhões de toneladas), abaixo dos 4,335 bilhões do relatório anterior.
  • Produtividade revisada de 52,5 para 53,6 bushels por acre.
  • Estoques finais projetados em 290 milhões de bushels (7,89 milhões de toneladas); mercado esperava 359 milhões.
  • Safra mundial prevista em 426,39 milhões de toneladas para 2025/26.
  • Estoques globais calculados em 124,9 milhões de toneladas, ante expectativa de 127,9 milhões.

Com o quadro mais apertado, o contrato novembro em Chicago alcançou US$ 10,29 por bushel na manhã de sexta-feira (15), avanço semanal de 4,2%.

Reação nas praças brasileiras

  • Passo Fundo (RS): saca subiu de R$ 131,00 para R$ 134,00.
  • Cascavel (PR): alta para R$ 135,00.
  • Rondonópolis (MT): variação de R$ 120,00 para R$ 125,00.
  • Porto de Paranaguá (PR): incremento de R$ 136,00 para R$ 140,00.

Fatores a acompanhar

Demanda chinesa: negociações recentes entre Pequim e Washington animaram o mercado, mas persiste cautela quanto a compras adicionais, mesmo após pedido do presidente dos EUA, Donald Trump, para que a China quadruplicasse as aquisições.

Clima nos EUA: as lavouras entram em fase crucial de definição de rendimento. A Pro Farmer realiza, na próxima semana, o tradicional crop tour, cujos relatórios poderão confirmar ou não o corte feito pelo USDA.

Projeção para a safra brasileira

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima colheita de 169,657 milhões de toneladas em 2024/25, 14,8% acima do ciclo anterior (147,74 milhões). O número supera levemente a previsão de julho, de 169,4 milhões de toneladas.

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Imagem: Pixabay via canalrural.com.br

Os agentes do mercado devem seguir monitorando os desdobramentos da demanda asiática e as condições das lavouras norte-americanas para definir o rumo das cotações nas próximas sessões.

Com informações de Canal Rural

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