Demanda de Etanol e Ração Mantém Preço do Milho no Brasil

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O contrato de milho para dezembro na Bolsa de Chicago encerrou a última semana com alta de 0,7%, cotado a US$ 4,30 por bushel. A valorização foi atribuída à redução dos estoques globais, ao recuo na produção norte-americana e ao avanço generalizado nos preços da soja e do trigo.

No mercado brasileiro, a B3 seguiu caminho distinto: o contrato de novembro ficou praticamente estável, a R$ 67,72 por saca, leve queda de 0,41%. Mesmo com exportações 8,3% menores e o cereal do país mais caro que o de Estados Unidos e Argentina, os valores internos permanecem firmes.

Segundo a plataforma Grão Direto, essa resistência decorre de uma mudança estrutural na demanda doméstica. Usinas de etanol de milho e indústrias de ração animal consomem volumes robustos, criando um piso de sustentação para os preços.

Plantio avança, mas clima traz preocupação

  • O plantio da 1ª safra (verão) atingiu 54,3% no Centro-Sul.
  • No Paraná, 99% das áreas já estão semeadas; no Rio Grande do Sul, 77%.
  • Excesso de chuvas e frio atípico podem comprometer o potencial produtivo inicial.

A empresa ressalta que o atraso na semeadura da soja no Cerrado e no Matopiba pode empurrar a 2ª safra de milho de 2026 para uma janela mais sujeita à seca, risco que o mercado já começa a precificar.

Disputa interna aquece mercado

A concorrência por oferta deve se intensificar entre usinas de etanol, produtores de proteína animal e exportadores. Essa demanda deve sustentar as cotações na B3 e no físico, mesmo diante de possíveis oscilações em Chicago ou no câmbio.

A semana foi marcada por fundamentos opostos: nos Estados Unidos, a volta dos relatórios do USDA e a expectativa de compras chinesas trouxeram volatilidade positiva; no Brasil, a valorização do real neutralizou ganhos externos. Com a colheita concluída nos EUA, o risco de oferta se concentra agora no Brasil, onde o plantio de soja está atrasado e a procura interna por milho segue forte.

Com informações de Canal Rural

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