Diferenças Entre Macaxeira e Mandioca Brava no Amazonas

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A mandioca faz parte da rotina econômica e cultural do Amazonas. Em 2024, o estado contabilizou mais de 183 mil toneladas da raiz, plantadas por cerca de 61 mil produtores.
Entre feiras e casas de farinha, consumidores costumam distinguir dois tipos: a macaxeira (ou mandioca mansa) e a mandioca brava. A primeira cozinha rápido e pode ser servida pura, enquanto a segunda exige processamento para eliminar substâncias tóxicas.
O que muda de uma para outra?
- Composição química: a macaxeira apresenta concentração de ácido cianídrico inferior a 50 mg/kg, limite considerado seguro; a mandioca brava ultrapassa esse valor.
- Paladar: agricultores reconhecem a brava pelo sabor mais amargo; a mansa é levemente adocicada.
- Uso culinário: mandioca brava origina farinha, tucupi, beiju e polvilho; macaxeira é base para bolos, purês, salgados e pratos cozidos.
- Ciclo de cultivo: variedades de macaxeira tendem a ter ciclo mais curto, mas o tempo varia conforme a etnovariedade local.
A engenheira agrônoma do Idam, Anecilene Buzzaglo, alerta que a mandioca brava não deve ser consumida crua. Processos de maceração, prensagem e calor presentes nas casas de farinha reduzem o teor de ácido cianídrico, tornando os produtos derivados seguros para o consumo.
Quando o manejo é adequado, tanto a macaxeira quanto a mandioca brava podem render de 30 a 40 toneladas por hectare, segundo a especialista.

Imagem: canalrural.com.br
Com informações de Canal Rural