Dirigente da Farsul Vê Crise Longa no Leite no País

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O preço do leite pago ao produtor brasileiro caiu pelo sétimo mês consecutivo em outubro, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). A chamada Média Brasil recuou 5,9% e ficou em R$ 2,2996 por litro, acumulando desvalorização de 21,7% no ano.

Para Allan Tormen, produtor gaúcho, presidente do Sindicato Rural de Erechim (RS) e coordenador da Comissão de Leite e Derivados da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), o setor vive uma crise longa que ainda não atingiu o ponto mais crítico.

Pressão de oferta interna e externa

Tormen atribui a queda nas cotações a dois fatores principais:

  • Maior produção interna: o dirigente estima que o Brasil deve elevar a oferta de leite em cerca de 8% até 2025;
  • Aceleração das importações: o aumento da entrada de produto estrangeiro acentua a disponibilidade no mercado doméstico.

O cenário global também contribui para o excesso de leite. Segundo Tormen, Nova Zelândia, Estados Unidos e os quatro países do Mercosul — Brasil, Argentina, Chile e Uruguai — ampliam a produção, pressionando os preços internacionais.

Baixo poder de barganha

Na avaliação do representante da Farsul, produtores e indústrias têm pouca margem de negociação. As empresas priorizam fornecedores que oferecem volume e qualidade, favorecendo quem consegue se estruturar melhor.

Ele aponta a consolidação de mercado como tendência: propriedades mais preparadas devem atravessar o momento adverso e ganhar espaço à medida que outros produtores deixam a atividade.

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Imagem: Freepik via canalrural.com.br

Profissionalização e contratos

Tormen defende maior profissionalização da cadeia, com adoção de modelos contratuais capazes de dar previsibilidade a preços e entrega, reduzindo a volatilidade típica do setor. Ferramentas de gestão, seguros rurais robustos e diálogo entre os elos da cadeia também são considerados fundamentais.

Embora reconheça que a pressão sobre os preços deve continuar nos próximos meses, o dirigente acredita que fazendas estruturadas podem sair fortalecidas, desde que foquem em eficiência, controle de custos e estratégia de longo prazo.

Com informações de Canal Rural

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