Dólar Recua para R$ 5,30 e Impacta Exportadores do Agro
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A recente queda do dólar para patamares abaixo de R$ 5,30 gera efeitos opostos no agronegócio brasileiro. Quem vende ao exterior recebe menos reais por cada dólar faturado, enquanto compradores de insumos importados tendem a encontrar preços um pouco mais baixos.
Pressão imediata sobre exportadores
Produtores de soja, milho, carnes e outras commodities veem a rentabilidade cair, pois o valor dos contratos em moeda estrangeira passa a valer menos em reais. O quadro se agrava diante de juros elevados e dívidas acumuladas, reduzindo o fluxo de caixa e adiando investimentos.
Alívio nos custos aparece devagar
- Estoques formados quando a cotação era mais alta ainda predominam;
- Muitos contratos de compra seguem atrelados ao dólar vigente à época da negociação;
- Despesas internas como frete, combustíveis e crédito limitam a redução final dos preços.
Fertilizantes, defensivos e máquinas agrícolas podem baratear, mas o repasse ao produtor costuma ser parcial e ocorrer com atraso.
Oportunidade para gestão de risco
Analistas sugerem que o momento seja usado para renegociar contratos, elevar a eficiência operacional e antecipar compras de insumos, antes que o câmbio volte a subir. A estratégia pode amenizar a perda de receita gerada pela valorização do real.

Imagem: Agência Brasil/EBC via canalrural.com.br
O movimento cambial atual reforça a necessidade de tratar a oscilação do dólar como ferramenta de gestão e não apenas como obstáculo às margens do agronegócio.
Com informações de Canal Rural