Encolhimento Global de Rebanhos Impulsiona Pecuária do Brasil
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O avanço dos investimentos realizados na bovinocultura de corte colocou o Brasil em posição estratégica no mercado mundial de carne bovina em 2025, ano em que o país atingiu o pico de produtividade. O setor sustenta-se nos pilares de precocidade e biosseguridade; a rastreabilidade está em implementação para atender mercados exigentes, como a União Europeia.
Com o status de país livre de febre aftosa sem vacinação, conquistado em 2025, o Brasil prepara-se para ampliar a oferta de cortes de maior valor agregado assim que a rastreabilidade abranger todo o rebanho nacional.
Mercados e concorrentes
- Estados Unidos: o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) projeta queda na produção em 2026, exigindo aumento das importações. A carne brasileira tende a ganhar espaço nesse abastecimento.
- União Europeia: mesmo com resistência francesa ao acordo UE-Mercosul, a redução do rebanho europeu mantém a demanda por proteína bovina sul-americana, especialmente a brasileira.
- China: estimativas do USDA indicam forte redução do rebanho chinês em 2026. Investigações de salvaguarda continuam, e eventuais cotas apertadas podem alterar o fluxo global de exportações. O mercado chinês pode migrar de volume para qualidade, exigindo atenção do Brasil.
- Argentina: recupera o rebanho lentamente e deve aumentar as vendas de cortes do traseiro para EUA e UE.
- Austrália: consolida-se como segundo maior exportador, operando com alto nível de eficiência. A produção em 2026 deve repetir os volumes de 2025, priorizando cortes de maior valor.
Embora o Brasil preveja menor produção interna em 2026, devido à inversão do ciclo pecuário, o país continua líder em volume. O recuo dos rebanhos mundiais reforça essa vantagem e realça a necessidade brasileira de diversificar mercados caso a China adote limitações mais rígidas.
A expectativa é de novos recordes de exportação na segunda metade da década, impulsionados por ganhos em manejo, genética e gestão, que elevam a produção em áreas menores. Paralelamente, fortalecer o consumo interno permanece como desafio para equilibrar o setor.

Imagem: canalrural.com.br
Com informações de Canal Rural
Artigo criado em: 22/12/2025
Revisado em: Dezembro de 2025