Especialista prevê retomada de laços Brasil-EUA no pós-Trump
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O jornalista e publicitário José Luiz Tejon avalia que os atritos comerciais entre Estados Unidos e Brasil tendem a diminuir após o mandato do presidente norte-americano Donald Trump. Para o especialista, o setor agropecuário brasileiro é o principal alvo das recentes medidas protecionistas adotadas por Washington.
Alvos das restrições
- Tarifas sobre produtos agrícolas brasileiros, apresentadas por Tejon como “tarifaço”;
- Abertura de investigação contra o etanol nacional;
- Críticas ao desmatamento, usadas para questionar a origem de commodities do país.
Segundo o articulista, as ações buscam favorecer produtores rurais norte-americanos, base eleitoral de Trump, pressionados pela concorrência brasileira no fornecimento de soja à China.
Potencial competitivo do agronegócio
Tejon destaca que o Brasil possui mais de 100 milhões de hectares de pastagens que podem ser incorporados a sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). Ele também cita a pesquisadora Mariângela Hungria, da Embrapa, que receberá em outubro, nos Estados Unidos, prêmio internacional pelo trabalho em fixação biológica de nitrogênio.
Estratégia pós-conflito
Para o autor, a iniciativa privada e a diplomacia brasileira precisam manter uma postura de longo prazo, preservando o relacionamento com os Estados Unidos enquanto expandem parcerias com outros blocos econômicos. Ele acredita que, superada a atual gestão norte-americana, os vínculos comerciais serão “restaurados e ampliados”.
Ações do setor
Como exemplo de articulação internacional, Tejon menciona o Conselho dos Exportadores de Café (Cecafé), que programou para 1º de outubro — Dia Internacional do Café — um evento de promoção do produto brasileiro na Europa.
Imagem: The White House via canalrural.com.br
O autor conclui que a sociedade civil organizada tem papel decisivo para atravessar o período de tensões e preservar mercados estratégicos.
Com informações de Canal Rural