Etanol de Milho Sustenta Preços do Grão na CBOT

A maior utilização de milho para produção de etanol no Brasil, Argentina e Paraguai deve manter os preços do cereal firmes na Bolsa de Chicago (CBOT), segundo avaliação do analista Vlamir Brandalizze.

O especialista observa que a procura pelo grão para biocombustível avança “de maneira exponencial” nos três países, todos relevantes exportadores. Esse movimento tende a reduzir a oferta mundial e apoiar as cotações internacionais.

Demanda em expansão

• Além da América do Sul, a China também amplia a produção de etanol à base de milho, reforçando o consumo global.
• No ciclo 2024/25, houve déficit de aproximadamente 32 milhões de toneladas entre consumo e produção mundial.
• Para a próxima safra, Brandalizze projeta novo déficit, superior a 10 milhões de toneladas.

Efeito nos preços

Mesmo durante a colheita norte-americana, em andamento, os preços tendem a se manter sustentados em outubro, avalia o analista. Brasil e Estados Unidos, principais exportadores, atendem mercados diferentes e seguem com vendas firmes, o que limita pressões baixistas.

Impacto limitado do shutdown nos EUA

Sobre a paralisação parcial do governo norte-americano, Brandalizze acredita que os efeitos sobre as cotações serão restritos. O possível atraso na divulgação do relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) seria compensado por estimativas de empresas privadas, que apontam safra acima de 430 milhões de toneladas.

Prêmios melhores nos portos brasileiros

No Brasil, a melhora no ritmo de embarques em setembro e outubro impulsionou os prêmios. No início de outubro, as posições:

Imagem: Sistema Famasul via canalrural.com.br

• Novembro: entre R$ 66 e R$ 67 por saca no Porto de Santos;
• Dezembro: até R$ 68 por saca, segundo Brandalizze.

Com a continuidade da demanda para etanol e o suporte dos embarques, o mercado interno segue atento ao comportamento das cotações internacionais.

Com informações de Canal Rural