Excesso de Concentrado Ameaça Saúde Ruminal de Vacas

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Uma dieta composta por 60% de concentrado e 40% de volumoso pode elevar a produção de leite no curto prazo, mas compromete a saúde do rúmen das vacas e reduz a longevidade do rebanho. O alerta foi feito pelo médico-veterinário e consultor Guilherme Vieira nesta segunda-feira (8), durante o quadro Giro do Boi Responde, exibido no programa Giro do Boi.

A pergunta partiu do produtor Natan Eduardo Reis Almeida, de Mirador (MA), interessado em saber os impactos da fórmula rica em concentrado. Segundo Vieira, a redução de fibras longas na dieta diminui a mastigação e a produção de saliva, responsável por tamponar a acidez ruminal. O resultado é o aumento dos casos de acidose ruminal e, posteriormente, acidose metabólica.

Principais riscos apontados

  • Problemas de casco: maior incidência de laminite, causando dor e dificuldade de locomoção.
  • Danos ao rúmen: destruição das papilas e redução da flora microbiana, essenciais para a digestão.
  • Queda na digestão: menor aproveitamento dos nutrientes e, consequentemente, redução sustentável da produção de leite.

Vieira comparou a situação ao regime alimentar do gado de corte em confinamento, que costuma receber de 60% a 70% de concentrado. “O boi de corte é mais leve e tem exigências distintas”, explicou. Já a vaca leiteira consome entre 15 kg e 20 kg de matéria seca por dia e exige uma formulação equilibrada.

Para manter a saúde ruminal e assegurar produtividade prolongada, o especialista recomenda manter, no máximo, 50% de concentrado e 50% de volumoso na dieta, com ração que forneça fibras longas suficientes para estimular a ruminação.

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Imagem: canalrural.com.br

Com informações de Canal Rural

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