Falhas nos Portos Custam R$ 5,9 Milhões aos Exportadores de Café

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Os exportadores brasileiros de café contabilizaram prejuízo de R$ 5,9 milhões em agosto pela impossibilidade de embarcar 624 mil sacas, volume correspondente a 1.893 contêineres. O levantamento é do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) e considera despesas extras com armazenagem e tarifas aplicadas por atrasos.

Segundo a entidade, a logística comprometida também impediu o ingresso de aproximadamente R$ 1,2 bilhão em receita cambial no período. O setor ainda lida com o “tarifaço” imposto pelos Estados Unidos ao café brasileiro.

O diretor técnico do Cecafé, Eduardo Heron, alerta que a situação tende a piorar sem investimentos imediatos em infraestrutura: “Os portos operam no limite. O agronegócio avança, mas a expansão dos terminais e a diversificação dos modais não acompanham esse ritmo”, afirmou.

Navios retidos e atrasos prolongados

O boletim mensal do Cecafé indica que metade das embarcações programadas para agosto sofreu atrasos ou alterações de escala. No Porto de Santos, responsável por mais de 80% das exportações de café do país, 67% dos navios enfrentaram atrasos que chegaram a 47 dias.

Propostas em discussão no Congresso

Para destravar gargalos, o Cecafé busca apoio do governo federal e do Congresso Nacional. Em setembro, representantes da entidade se reuniram com o deputado Arthur Maia (União-BA), relator do Projeto de Lei 733/2025, que estabelece um novo marco regulatório para o sistema portuário. O texto prevê:

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  • maior transparência na definição de tarifas portuárias;
  • participação de usuários de carga nos conselhos portuários;
  • criação de indicadores logísticos para monitorar o desempenho dos terminais.

Há ainda pedido de audiência pública na Câmara, articulado com o deputado Evair de Melo (PP-ES), para debater a lentidão em processos da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), como o leilão do terminal Tecon Santos 10, ainda sem data definida.

“Sem ampliação da capacidade e redução da burocracia, o país continuará perdendo competitividade e acumulando prejuízos”, concluiu Heron.

Com informações de Canal Rural

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