Falta de Mão de Obra Freia Exportações de Carne do Brasil

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O avanço das exportações brasileiras de frango, suíno e bovino esbarra na dificuldade de preencher vagas em frigoríficos e propriedades rurais. Apesar do cenário de demanda internacional elevada, milhares de postos seguem abertos sem candidatos, segundo análise do comentarista econômico Miguel Daoud.

A taxa de desemprego em seu menor nível histórico, somada ao acesso a benefícios sociais, faz com que parte dos trabalhadores opte por não assumir funções que exigem deslocamento até áreas rurais e jornadas intensas. Essa escassez pressiona as empresas, que recorrem a salários mais altos, ampliação de benefícios e programas de qualificação para atrair mão de obra, elevando o custo de produção e reduzindo margens de lucro.

Além do fator humano, o setor de proteína animal convive com gargalos logísticos e infraestrutura defasada, o que encarece o transporte até os portos. Para reverter o quadro e sustentar o crescimento das exportações, Daoud aponta três frentes de ação:

  • Qualificação profissional – oferecer cursos técnicos e treinamentos em parceria com escolas e universidades rurais;
  • Valorização do trabalhador – melhorar salários, benefícios e planos de carreira para reduzir a rotatividade;
  • Automatização – adotar tecnologias, robótica e digitalização a fim de diminuir a dependência de mão de obra manual.

Para especialistas, políticas públicas também precisarão equilibrar programas sociais com estímulos ao emprego formal no campo. O objetivo é preservar a competitividade de um segmento que reúne clima, escala e genética favoráveis para se firmar como maior fornecedor mundial de proteína animal.

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Imagem: Geraldo Bubniak via canalrural.com.br

Com informações de Canal Rural

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