Farelo de Soja Cai à Mínima de 10 Anos em 2025

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Os preços do farelo de soja recuaram aos menores níveis em uma década na Bolsa de Chicago (CBOT) durante 2025, enquanto o óleo de soja passou a garantir a rentabilidade das indústrias brasileiras, impulsionado pela demanda do setor de biodiesel.

Mercado externo volátil

No cenário internacional, os contratos oscilaram de forma acentuada devido às indefinições na política de biocombustíveis dos Estados Unidos. O governo norte-americano anunciou para 2026 um aumento do mandato de biodiesel de 3,3 para 5,6 bilhões de galões, medida que inicialmente elevou as cotações. Entretanto, dúvidas sobre a viabilidade do programa, possíveis isenções da Environmental Protection Agency (EPA) a pequenas refinarias e o uso de matérias-primas importadas provocaram correções nos preços.

Discussões sobre tarifas de importação e ajustes regulatórios intensificaram a especulação, reforçando a volatilidade ao longo do ano.

Efeito no mercado brasileiro

No Brasil, o governo suspendeu a mistura B15 em março, o que trouxe incertezas. A confirmação da obrigatoriedade do B15 veio apenas no fim de junho, com início em 1.º de agosto. Mais de 60 % do óleo de soja produzido no país é destinado ao biodiesel, representando cerca de 75 % da matéria-prima utilizada pelas usinas, fator que sustentou os preços internos do óleo mesmo em momentos de baixa na CBOT.

Apesar de uma safra de aproximadamente 170 milhões de toneladas, o custo de esmagamento segue elevado. O óleo de soja, portanto, tornou-se o principal componente na formação da margem das esmagadoras.

Farelo de Soja Cai à Mínima de 10 Anos em 2025 - Imagem do artigo original

Imagem: United Soybean Board via canalrural.com.br

Pressão sobre o farelo

Com a atenção do mercado voltada ao óleo, a demanda por farelo não acompanhou o mesmo ritmo. O excedente do derivado derrubou as cotações em Chicago, marcando o menor patamar em 10 anos, e reduziu a paridade de exportação nos portos brasileiros. A pouca procura também pressionou prêmios e preços internos, mantendo a tendência de fraqueza para o restante de 2025, apesar de leves recuperações registradas em agosto.

Com informações de Canal Rural

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