Ferrugem Asiática da Soja Registra 51 Ocorrências no Brasil
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O Consórcio Antiferrugem confirmou 51 ocorrências de ferrugem asiática da soja no Brasil nesta safra, acendendo sinal de alerta entre produtores.
Distribuição dos casos
- Paraná: 40 registros espalhados por dezenas de municípios, incluindo focos em soja voluntária e alta presença de esporos no ambiente;
- Mato Grosso do Sul: 6 ocorrências;
- São Paulo: 3 ocorrências;
- Rio Grande do Sul e Santa Catarina: 1 caso cada.
A pesquisadora Ana Ruschel, da Fundação MS, explica que o fungo Phakopsora pachyrhizi sobrevive na entressafra em plantas de soja tiguera ou hospedeiros alternativos. Quando a nova safra é implantada, esporos vindos dessas plantas iniciam a epidemia. Em regiões próximas ao Paraguai, como Sete Quedas (MS), a ocorrência costuma ser mais precoce devido ao plantio de soja safra e safrinha no país vizinho, que mantém inóculo ativo e favorece o transporte de esporos pelo vento.
Condições de desenvolvimento
O patógeno se multiplica com temperaturas entre 18 °C e 26 °C e alta umidade relativa do ar. Períodos de molhamento foliar de 6 a 8 horas, mesmo ocasionados por orvalho, já possibilitam a infecção. Uma vez instalado, o avanço é rápido, provocando desfolha precoce.
Estrategias de manejo
- Vazio sanitário: em Mato Grosso do Sul, ocorre de 15 de junho a 15 de setembro, período em que deve ser eliminada qualquer planta de soja remanescente;
- Semeadura antecipada: reduz a exposição a condições climáticas favoráveis ao fungo;
- Controle químico preventivo: uso de triazóis, carboxamidas, estrobilurinas e fungicidas multissítios, alternando modos de ação;
- Intervalo entre aplicações: 14 a 15 dias, com atenção à tecnologia de aplicação;
- Manejo integrado: produtos biológicos e indutores de resistência complementam o controle.
Segundo a literatura citada pela Fundação MS, as perdas de produtividade podem variar de 10% a 70%, dependendo da região, das condições climáticas e da qualidade do manejo adotado. A desfolha compromete o enchimento de grãos, reduzindo rendimento e massa final da colheita.

Imagem: canalrural.com.br
O monitoramento frequente e o manejo preventivo são apontados pela Fundação MS como essenciais para preservar o potencial produtivo das lavouras e limitar os impactos econômicos da doença.
Com informações de Canal Rural
Artigo criado em: 22/12/2025
Revisado em: Dezembro de 2025