Gliricídia Impulsiona Produção de Pimenta-do-reino no Pará
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A Embrapa lançou um jardim clonal de gliricídia (Gliricidia sepium L.) para abastecer produtores de pimenta-do-reino no Pará com estacas de tutor vivo. A novidade será apresentada na AgriZone da COP30, marcada para 10 a 21 de novembro em Belém (PA).
Segundo o analista João Paulo Both, da Embrapa Amazônia Oriental, a tecnologia atende à crescente procura por estacas, impulsionada pela valorização da especiaria e pela expansão das lavouras no estado.
Como funciona o tutor vivo
A gliricídia substitui os tradicionais estacões de madeira, oferecendo vantagens como:
- redução do custo de implantação dos pimentais;
- aumento da longevidade das plantas;
- melhoria do conforto térmico para o trabalhador;
- elevação da qualidade do solo e da pimenta colhida;
- menor impacto ambiental, com sequestro de CO2 e redução do desmatamento.
Estimativas de produção
Com espaçamento de 2 x 1,5 metros (3.333 plantas por hectare), o jardim clonal pode gerar pelo menos 13.332 estacas após 24 meses — quatro por árvore, de acordo com Both. O modelo permite que o produtor seja autossuficiente e ainda comercialize estacas excedentes.
Importância para o estado
O Pará é o segundo maior produtor de pimenta-do-reino do Brasil, responsável por 38.102 toneladas em 2023, cultivadas em cerca de 18 mil hectares, segundo o IBGE. A adoção do tutor vivo responde ao aumento da demanda, especialmente na região Bragantina, evitando o corte ilegal de árvores nativas.
Imagem: Pixabay via canalrural.com.br
Walkymário Lemos, chefe-geral da Embrapa Amazônia Oriental, afirma que a solução demonstra como inovação, geração de renda e conservação ambiental podem caminhar juntas diante das mudanças climáticas.
Com informações de Canal Rural