Ibama Autoriza Petrobras a Perfurar na Margem Equatorial

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A Petrobras recebeu nesta segunda-feira (20) a licença ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para iniciar a perfuração de um poço de petróleo na Margem Equatorial, região apontada como a nova fronteira exploratória do país.

A sonda já está posicionada no bloco FZA-M-059, em águas profundas do Amapá, a 175 quilômetros da costa e a 500 quilômetros da foz do rio Amazonas. A perfuração começa imediatamente e deve durar cerca de cinco meses, período dedicado apenas à coleta de dados geológicos e à verificação da existência de petróleo e gás em escala comercial, sem produção nessa etapa.

Processo de licenciamento

A autorização foi concedida dois meses após a Avaliação Pré-Operacional (APO), último estágio do licenciamento que envolve simulações de emergência com foco na proteção da fauna. Segundo a Petrobras, todos os requisitos ambientais foram atendidos.

A presidente da companhia, Magda Chambriard, classificou a licença como “uma conquista da sociedade brasileira” e destacou os cinco anos de diálogo entre a estatal, governos e órgãos ambientais para viabilizar o projeto.

Histórico da área

  • A busca pela licença começou em 2013, quando a britânica BP arrematou o bloco e, em 2021, repassou a concessão à Petrobras.
  • A estatal já possuía autorização para perfurar dois poços na costa do Rio Grande do Norte, mas aguardava liberação para operar no Amapá.
  • Em maio de 2023, o Ibama negou licença para a área da Bacia da Foz do Amazonas; a Petrobras recorreu.

Durante a espera, a companhia calcula ter gasto R$ 4 milhões por dia com a manutenção da estrutura. Estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) projeta até 10 bilhões de barris de óleo equivalente recuperáveis na Bacia da Foz do Amazonas. Para comparação, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) aponta 66 bilhões de barris somando reservas provadas, prováveis e possíveis no país.

Ibama Autoriza Petrobras a Perfurar na Margem Equatorial - Imagem do artigo original

Imagem: Petrobras via canalrural.com.br

Debate ambiental

Entidades ambientalistas criticam a exploração por temer impactos ao ecossistema e por considerarem a atividade contrária à transição energética. A Petrobras afirma que o desenvolvimento da Margem Equatorial é estratégico para evitar futura dependência de importação de petróleo e ressalta que o poço fica 540 quilômetros distante da desembocadura do rio Amazonas.

Com informações de Canal Rural

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