Indígenas Protestam no STF contra Marco Temporal
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Representantes dos povos Kaingang, Xokleng, Guarani e Kaiowá promoveram um ato, na manhã desta quinta-feira (2), em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, para reivindicar a derrubada do marco temporal estabelecido pela Lei 14.701/2023.
Os manifestantes pedem que a Corte julgue recursos que questionam a constitucionalidade da norma, a qual restringe a demarcação de terras indígenas às áreas ocupadas em 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição, ou àquelas que estavam em disputa judicial nesse dia.
De acordo com o líder Kretã Kaingang, a lei “ataca todos os direitos e muda todo o Artigo 231 da Constituição, que garante a posse originária dos territórios indígenas”. Ele afirmou que a mobilização se estenderá durante o mês de outubro, em razão da posse do ministro Edson Fachin na presidência do STF e das comemorações pelos 37 anos da Carta Magna.
Contexto do marco temporal
- Set/2023 – O STF declarou inconstitucional o marco temporal.
- Out/2023 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou o projeto de lei que instituía a tese.
- Dez/2023 – O Congresso Nacional derrubou o veto presidencial e manteve a Lei 14.701/2023 em vigor.
- Fev/2024 – Em audiência de conciliação, representantes da Articulação dos Povos Indígenas (Apib) deixaram as discussões após o ministro Gilmar Mendes negar pedido de suspensão da lei.
Os líderes indígenas cobram que o STF retome o tema no plenário para encerrar a disputa jurídica e garantir segurança sobre a demarcação de terras. “É preciso colocar um ponto final no marco temporal para que nosso povo possa ter paz”, concluiu Kretã.

Imagem: Joédson Alves via canalrural.com.br
Com informações de Canal Rural