JBS Defende Ampliar Rastreabilidade com Escala e Inclusão
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A diretora de Sustentabilidade da JBS, Liège Correia, afirmou nesta terça-feira, durante o painel “Rastreabilidade total da cadeia de alimentos” no Fórum Planeta Campo – Especial COP30, que o Brasil já dispõe de uma base consistente de controle de origem na pecuária. Segundo a executiva, o próximo passo é aumentar a adesão ao sistema e garantir a inclusão de pequenos produtores, com suporte técnico e financeiro.
Correia ressaltou que a Guia de Trânsito Animal (GTA), criada em 1990 e digitalizada em 2012, estruturou o rastreamento do rebanho bovino nacional. “O Brasil faz rastreabilidade há muitos anos”, destacou.
Pará na vanguarda
O estado do Pará instituiu, por decreto, a rastreabilidade individual obrigatória a partir de janeiro de 2026. De forma voluntária, mais de 200 mil animais já estão identificados. A meta é alcançar 4 milhões de cabeças rastreadas no próximo ano.
Santa Catarina já possui rastreabilidade individual em 100% do rebanho, mas em escala menor. “O desafio do Pará é implementar o mesmo modelo em um território de grandes dimensões”, explicou a diretora.
Suporte ao produtor
Para acelerar a adesão, a JBS tem fornecido dispositivos de identificação e equipes de campo para auxiliar na aplicação dos brincos eletrônicos e no treinamento dos operadores. “Muita gente pensa que é só grudar o brinco na orelha, mas exige manejo adequado”, comentou.
Financiamento e educação
A executiva defendeu linhas de crédito com juros competitivos e prazos longos para agricultores com cadastro ambiental bloqueado ou em processo de regularização. “Há recursos climáticos disponíveis, porém eles precisam chegar à base produtiva”, frisou.
Imagem: canalrural.com.br
Ela também apontou a educação como pilar para expandir o sistema: “A decisão final é da família na propriedade. É preciso levar conhecimento ao campo para que o produtor decida com segurança”.
Correia encerrou enfatizando que a evolução da rastreabilidade depende da cooperação entre governo, indústrias e pecuaristas. “Sozinhos, não vamos a lugar nenhum”, concluiu.
Com informações de Canal Rural