La Niña Deve Ser Moderada, Dizem Inmet e Embrapa

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Especialistas do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e da Embrapa avaliam que o fenômeno La Niña previsto para os próximos meses será curto e de intensidade fraca a moderada, com impactos distintos nas regiões do Rio Grande do Sul.

De acordo com o meteorologista Glauber Ferreira, coordenador de Monitoramento e Previsão Climática do Inmet em Brasília, as projeções para o trimestre indicam temperaturas entre 0,5 °C e 1 °C acima da média histórica e chuvas cerca de 50 mm abaixo do volume normal mensal. “No Rio Grande do Sul, os efeitos devem ser sentidos especialmente no início do verão”, afirmou.

O superintendente do Ministério da Agricultura no estado, José Cleber de Souza, ressalta que o cenário exige cautela: “Não há previsão de frustração, mas também não se visualiza a perspectiva de supersafra”.

Efeitos mais fortes em regiões específicas

O agrometeorologista Gilberto Cunha, da Embrapa Trigo, alerta para maior atenção nas regiões Sul, Campanha, Fronteira Oeste e Missões, áreas onde historicamente os cultivos de verão sofrem mais em anos de estiagem.

Medidas recomendadas na pré-safra

  • Uso de cultivares com ciclos diferentes, diluindo riscos durante o desenvolvimento das plantas;
  • Ampliação do calendário de semeadura, seguindo o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) por município e tipo de solo, para evitar concentração do plantio em um único período.

O chefe-geral da Embrapa Trigo, Jorge Lemainski, chama atenção para a compactação e o adensamento do solo, que limitam a absorção de água. “Existem soluções agronômicas conhecidas, baseadas em boas práticas de manejo”, lembrou.

Já o pesquisador Giovani Theisen, da Embrapa Clima Temperado, sugere substituir o preparo convencional por gradagem leve combinada à subsolagem, técnica que rompe camadas compactadas e melhora a infiltração de água, favorecendo o aprofundamento das raízes.

La Niña Deve Ser Moderada, Dizem Inmet e Embrapa - Imagem do artigo original

Imagem: Pixabay via canalrural.com.br

Cunha acrescenta que propriedades com diversificação de cultivos, cobertura vegetal o ano todo e solos com maior teor de matéria orgânica costumam registrar melhores resultados em períodos de estiagem.

Ele também recomenda que os produtores mantenham a contratação de seguro agrícola, público ou privado. “É um ano de cautela, com expectativa de rendimentos elevados, principalmente no Rio Grande do Sul”, concluiu o agrometeorologista.

Com informações de Canal Rural

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