La Niña Pode Elevar Chuvas e Impactar Soja no Brasil

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A condição de neutralidade no oceano Pacífico pode evoluir para um La Niña entre novembro e dezembro, informou o meteorologista Arthur Müller, do Canal Rural. A mudança climática deve reforçar a distribuição de chuvas em todo o país, com volumes previstos de até 100 milímetros em uma semana e 300 milímetros em 30 dias, período crucial para o enchimento de grãos da soja.

Em meio ao início do plantio, projeções apontam para nova safra recorde:

  • Conab: produção nacional pode alcançar 177,67 milhões de toneladas, alta de 3,6% em relação à temporada passada (171,47 milhões);
  • Safras & Mercado: estimativa entre 180 e 181 milhões de toneladas.

No Centro-Oeste, o plantio sofreu pequeno atraso, mas não há sinal de comprometimento da safra. Para o Rio Grande do Sul, a perspectiva é positiva, embora a possível atuação do La Niña aumente a preocupação com estiagens em época historicamente seca.

Em Mato Grosso, maior produtor nacional, as chuvas de fim de setembro foram irregulares, concentradas no centro-norte. Entre 3 e 10 de outubro, estão previstas pancadas isoladas de até 20 milímetros, suficientes para a semeadura inicial. Na segunda quinzena do mês, os acumulados podem chegar a 100 milímetros.

Os modelos indicam precipitações favorecidas pela Zona de Convergência do Atlântico Sul em novembro e dezembro, principal sistema responsável pelas chuvas no Centro-Oeste e Sudeste.

O analista Rafael Silveira, da Safras & Mercado, destacou que a recuperação da produtividade no Rio Grande do Sul será decisiva para o resultado nacional. Ele também alertou para os custos elevados de produção e juros altos, fatores que podem limitar investimentos em tecnologia e tornar o desempenho ainda mais dependente do clima.

La Niña Pode Elevar Chuvas e Impactar Soja no Brasil - Imagem do artigo original

Imagem: Pixabay via canalrural.com.br

No mercado, os prêmios portuários valorizaram em 2025, impulsionados pela demanda externa e pela menor compra de soja norte-americana pela China. Entretanto, apenas 21% a 23% da safra 2025/26 está vendida antecipadamente, abaixo da média histórica, o que, segundo Silveira, expõe os produtores a possíveis quedas nos prêmios na entrada da colheita.

No cenário internacional, os Estados Unidos enfrentam dificuldades de colheita e vendas para a China. Uma combinação de produção menor com exportações lentas pode reduzir estoques e pressionar cotações na bolsa de Chicago.

Com informações de Canal Rural

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