Lucro do Banco do Brasil recua 60% no 2º trimestre e soma R$ 3,8 bilhões, pressionado por calotes no agronegócio
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O Banco do Brasil (BB) encerrou o segundo trimestre deste ano com lucro líquido de R$ 3,8 bilhões, valor 60% menor que o registrado no mesmo período de 2023.
Em teleconferência com analistas realizada na sexta-feira (15), a presidente da instituição, Tarciana Medeiros, atribuiu a forte redução à alta da inadimplência no setor rural.
Indicadores de inadimplência
- No segundo trimestre de 2025, o índice de atraso superior a 90 dias no agronegócio ficou em 3,49%.
- A taxa havia sido de 3,04% no trimestre anterior e de 1,32% no mesmo intervalo de 2024.
O banco informou que, de uma carteira com mais de 600 mil produtores rurais, cerca de 20 mil estão inadimplentes. Segundo a executiva, 74% desses clientes não apresentavam histórico de atraso até dezembro de 2023.
Regiões e culturas mais afetadas
Os calotes concentram-se entre produtores de soja, milho e pecuária nas regiões Centro-Oeste e Sul. Conforme o BB, fatores como clima adverso, juros elevados e custos altos de fertilizantes e insumos impulsionaram pedidos de falência ou recuperação judicial.
Perspectivas
A instituição projeta início da recuperação a partir do quarto trimestre de 2025, embalada por condições climáticas mais favoráveis, safra 2025/26 maior e preços elevados das commodities.
Imagem: Governo Federal via canalrural.com.br
Principal financiador do agronegócio brasileiro, o Banco do Brasil reservou R$ 230 bilhões para a próxima safra, 2025/26.
Com informações de Canal Rural