Lula Cobra Ação Global Na ‘COP Da Verdade’ Em Belém
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Na abertura da Cúpula do Clima, realizada nesta quinta-feira em Belém (PA), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou a futura COP30 como a “COP da verdade” e exigiu compromissos concretos da comunidade internacional para conter o aquecimento global.
O encontro reúne mais de 70 chefes de Estado e representantes de organismos internacionais. A reunião serve de preparação para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que começa oficialmente na próxima segunda-feira (10) com o objetivo de alinhar posições antes das negociações multilaterais.
Amazonas no centro das atenções
Lula destacou o simbolismo de Belém sediar as discussões, lembrando que será a primeira vez que uma COP ocorrerá no coração da Amazônia. Segundo ele, a região, onde vivem milhões de pessoas e centenas de povos indígenas, representa o maior ícone ambiental do planeta.
Alerta para o limite de 1,5 °C
O presidente lembrou que 2024 marcou a primeira vez em que a temperatura média global ultrapassou 1,5 °C acima dos níveis pré-industriais, patamar considerado crítico pela ciência. Citou ainda relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente que prevê aquecimento de até 2,5 °C até o fim do século sem mudanças significativas, com potencial de causar 250 mil mortes anuais e reduzir o PIB global em até 30%.
Justiça climática e combate às desigualdades
Lula afirmou que enfrentar a crise climática depende da redução de desigualdades sociais e econômicas. Para ele, forças extremistas e conflitos armados desviam recursos e atenção das ações urgentes necessárias.
O chefe do Executivo defendeu a participação de povos indígenas, comunidades tradicionais, sociedade civil e governos locais na formulação de políticas climáticas. “Seremos inspirados pelos povos indígenas, para quem sustentabilidade sempre foi sinônimo de viver”, afirmou.
Imagem: PR – Ricardo Stuckert via canalrural.com.br
Planos para transição energética
Lula acrescentou que o Brasil pretende elaborar roteiros de transição energética e de reversão do desmatamento por meio de cooperação tecnológica e financiamento climático. Encerrando o discurso, citou crença Yanomami segundo a qual cabe aos seres humanos sustentar o céu para que ele não caia.
“Temos que abraçar um novo modelo de desenvolvimento mais justo, resiliente e de baixo carbono. Espero que esta Cúpula contribua para empurrar o céu para cima”, concluiu.
Com informações de Canal Rural