Mapa Apresentará Fiagro a Investidores Árabes em Janeiro
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O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) prepara uma apresentação no Oriente Médio, em janeiro, para detalhar a criação de um Fundo de Investimento em Cadeias Agroindustriais (Fiagro) voltado à recuperação de pastagens degradadas no Cerrado brasileiro. A informação foi divulgada pelo assessor especial da pasta, Carlos Augustin, durante participação no programa Diário da COP30, transmitido pelo Canal Rural em Belém (PA) nesta terça-feira (18).
De acordo com Augustin, o Fiagro permitirá que capital estrangeiro detenha até 49% das terras a serem recuperadas, sem participação direta no empreendimento agrícola. “O produtor continua operando a área; com o aporte, ambos podem adquirir novas propriedades a preços menores e valorizá-las após a recuperação”, afirmou.
A proposta atende a uma demanda de investidores árabes, que preferem se tornar sócios em vez de conceder empréstimos. A missão brasileira será composta por representantes do Mapa e do Banco do Brasil, responsável pela modelagem financeira do fundo.
Cooperação com a Jica
O plano soma-se ao Projeto de Cooperação Técnica Internacional firmado entre a Embrapa e a Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica), que disponibilizou US$ 1 bilhão para financiar iniciativas de recuperação de pastagens nos próximos dez anos.
Crédito em dólar
Augustin destacou ainda a necessidade de ampliar o uso de financiamentos em dólar no agronegócio nacional. Segundo ele, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) oferece linhas para custeio, investimento, armazenamento e recuperação de pastagens com juros próximos de 8,5% ao ano.
Imagem: Pixbay via canalrural.com.br
- Produtor se beneficia se a cotação da moeda norte-americana subir, pois o preço das commodities acompanha o movimento;
- Queda no dólar pressiona receitas quando os compromissos estão atrelados ao real.
Previsão para a safra 2025/26
O assessor alertou para possíveis dificuldades na temporada 2025/26, citando atraso no plantio de soja no Centro-Oeste, especialmente em Mato Grosso. Ele projeta menor produção de milho safrinha, queda de produtividade e margens pressionadas pelos juros estimados em 20% ao ano (15% da Selic mais spreads bancários).
Com informações de Canal Rural