Mapa descarta 7 mil toneladas de soja irregular apreendidas no Porto de Paranaguá

Mapa descarta 7 mil toneladas de soja irregular apreendidas no Porto de Paranaguá

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O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) iniciou, na última semana, uma das maiores operações de descarte de produtos agropecuários já registradas no Porto de Paranaguá, no Paraná. Aproximadamente 7 mil toneladas de soja em grão e farelo, apreendidas em ação conjunta com a Polícia Federal, estão sendo enviadas para Araras (SP), onde passarão por compostagem controlada.

Transporte e destino final

O material é levado em cerca de 150 viagens de caminhões bi-trem até a Sociedade Industrial de Fertilizantes Ltda (Ciafértil), empresa cadastrada no Mapa e responsável pela reciclagem. No local, o produto deteriorado ou adulterado será transformado em adubo orgânico, seguindo protocolos rígidos de compostagem para garantir a qualidade e a segurança do fertilizante.

Motivo da apreensão

A carga havia sido rejeitada anteriormente por má qualidade e, segundo o Mapa, houve tentativa de recolocá-la no mercado. Auditores encontraram presença de areia, indícios de adulteração deliberada e condições sanitárias inadequadas, incluindo acúmulo sem separação, poças de água, fezes de aves, roedores mortos e ausência de rastreabilidade documental.

Fiscalização e acompanhamento

Equipes do Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Sipov/PR), do 8º Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sipoa) e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) constataram as irregularidades e respaldaram a decisão de descarte. Todo o processo é monitorado por auditores do Mapa, com registro fotográfico realizado por profissionais do Programa Vigifronteiras e do Serviço de Fiscalização de Insumos e Sanidade Vegetal (SISV-SP) para assegurar a rastreabilidade.

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Imagem: canalrural.com.br

Repercussão e investigação

De acordo com Fernando Mendes, chefe do Sipov/PR, a medida resguarda a reputação do Brasil como fornecedor confiável e demonstra compromisso com segurança sanitária, rastreabilidade e combate a fraudes. O caso tramita na 13ª Vara Federal de Curitiba. Embora o descarte esteja em execução por decisão judicial, as investigações prosseguem para identificar os responsáveis.

Com informações de Canal Rural

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